Disque-Denúncia oferece R$ 10 mil por informações sobre suspeito de matar médico

Atualizada às 19h15

O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 10 mil para as pessoas que tiverem informações sobre a morte do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 35 anos. O médico foi assassinado na noite de segunda-feira (12), com quatro tiros, sendo três nas costas e um na cabeça.

As denúncias podem ser feitas pelo telefone (81) 3421-9595, no Recife e Região Metropolitana, e pelo (81) 3719-4545, no interior do Estado. O site do Disque-Denúncia, http://www.disquedenunciape.com.br/index.php, também recebe denúncias. Através dele, a pessoa pode anexar fotos, vídeos e documentos que levem a polícia a solução deste caso.

A coordenadora do Disque Denúncia, Carmela Galindo, ressalta que a denúncia é anônima. "A pessoa não precisa se identificar nem mesmo na hora da recompensa", explicou. O valor da recompensa pode ser dado a uma pessoa só ou dividido entre os denunciantes.

Artur foi morto na BR-101, em Comporta, Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. Ele havia saído de um plantão no Hospital de Câncer de Pernambuco, por volta das 19h30, e foi ao Hospital Português para avaliar uma paciente. O médico desapareceu por volta das 21h.

O corpo do cirurgião foi encontrado por volta das 22h30, com marcas de bala e sem documentos. Populares que passavam pela BR-101 encontraram o corpo e avisaram a polícia. Ele estava bem vestido, de calça social, sapatos e gravata. O carro, um Golf preto, foi encontrado por um tratorista no início desta terça-feira (13), por volta das 0h, pegando fogo. 

Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local do crime e iniciaram as investigações. A hipótese inicial aponta para latrocínio (assalto seguido de morte), mas outras possibilidades não estão descartadas. "Nada foi subtraído do carro. Quem colocou fogo no veículo queria, de fato, destruir possíveis vestígios", disse a perita Vanja Coelho, do Instituto de Criminalística.

O carro não tinha marca de balas, de acordo com a perita, reforçando a informação de que Artur foi morto na BR-101, fora do carro. Ao lado do carro a polícia encontrou uma embalagem com um forte cheiro de gasolina, que pode ter sido utilizada para incendiar o veículo. Esse produto foi levado ao IC para perícia.

Artur era natural de Campina Grande, na Paraíba. Formou-se em medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Era casado com uma médica oncologista (colega de turma dele). Tinham um filho, de 1 ano.

Além do Hospital de Câncer e Hospital Português, Artur trabalhava no Imip e no Hospital das Clínicas. "Era uma pessoa sensacional. Bastante alegre, religioso e trabalhador. Tinha paixão pela medicina e por música. Pelo que conheço dele, jamais reagiria a um assalto", disse Júlio Lima, médico ortopedista e colega de turma de Artur.

De acordo com Silvio Rodrigues, presidente do Conselho de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Artur iria assumir, na próxima semana, a câmara técnica de cirurgia torácica do Cremepe.