Depois de um dia de procura, polícia não encontra Maria Alice

Buscas aconteceram em Goiana, durante toda a terça-feira (23/6)
Do JC Online
Publicado em 23/06/2015 às 19:31
Buscas aconteceram em Goiana, durante toda a terça-feira (23/6) Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


Às 23h40 da última segunda-feira, o mestre de obras Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, postou em seu perfil no Facebook uma mensagem enigmática. Em um português truncado, disse que “não queria fazer isso com minha filha”, mas que o “ódio falou mais alto”. Referia-se à enteada, Maria Alice Seabra, de 19 anos, desaparecida desde a última sexta-feira (19), quando ele a levou para uma entrevista de emprego na Ilha do Leite, área central do Recife. Pouco depois, enviou para o perfil da mãe da garota na mesma rede social uma mensagem privada na qual explicava onde teria deixado Alice, segundo ele, na noite da sexta. O endereço: um canavial em uma área próxima à Usina São José, às margens da BR-101, município de Goiana, Zona da Mata Norte.Não explicou em que estado deixou a enteada – se viva ou morta –, muito menos o que teria feito com ela. Apenas se mostrou preocupado para que ela fosse localizada o quanto antes. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) passaram a madrugada e a manhã da terça-feira (23/6) em diligências pelo local, mas não acharam Alice. De acordo com a delegada Gleide Ângelo, responsável pela investigação, as chances de encontrá-la com vida são cada vez menores. 

Desde a madrugada da segunda-feira, a delegada vem mantendo contato com o suspeito via mensagens do aplicativo whatsApp. Em uma dessas mensagens ele afirmou ter deixado Maria Alice numa área de canavial cerca de um quilômetro depois da ponte que passa sobre o Rio Goiana, na BR-101. Segundo informações da própria Polícia Civil, Gildo estaria em outro Estado, mas reiterou a disposição de se entregar e inclusive levar pessoalmente os policiais ao local onde ele teria deixado a jovem. A chegada do mestre de obras ao Recife era esperada para a noite da terça-feira (23/6). 

Por volta das 15h da terça, depois de procurar por vários trechos do local indicado por Gildo Xavier, a delegada Gleide Ângelo decidiu suspender as buscas por Maria Alice Seabra. A área de canavial é extensa e o ideal, de acordo com a própria investigadora, seria que o próprio suspeito mostrasse onde deixou a enteada. “Se ele se apresentar, a primeira coisa que faremos à levá-lo até o local onde ele garantiu ter deixado a garota. Nossa prioridade é encontrar Maria Alice”, afirma.

A mãe da garota passou boa parte da terça-feira na sede do DHPP, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da cidade. Estava inconsolável e não falou com a imprensa. Apenas um tio de Maria Alice, Valdeir Arruda, desabafou sobre o caso. “Vamos fazer de tudo para ele apodrecer na cadeia. Desde que ele sequestrou minha sobrinha eu tinha certeza que tinha acontecido algo de muito ruim com ela”.

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