Suspeito de sequestrar enteada diz que abandonou a menina em Goiana

Gildo Xavier entrou em contato com a polícia através do Whasapp dizendo o local exato onde teria deixado a jovem
Do JC Online
Publicado em 23/06/2015 às 9:40
Gildo Xavier entrou em contato com a polícia através do Whasapp dizendo o local exato onde teria deixado a jovem Foto: Foto: Reprodução/ Facebook


A Polícia Civil realiza diligências no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, em busca do suspeito de sequestrar a enteada Maria Alice Seabra, de 19 anos. Gildo da Silva Xavier enviou uma mensagem para a delegada Gleide Ângelo, que investiga o caso, afirmando que teria abandonado a jovem em um canavial na Zona Rural do município no dia 19, quando saíram de casa, no bairro da Estância, Zona Oeste do Recife, para uma entrevista de emprego em Gravatá, Agreste de Pernambuco.

De acordo com a delegada, ela viu uma mensagem que o padastro enviou pelo Facebook para a mãe da garota, na qual dizia o local onde deixou a jovem, e foi com a equipe da polícia para Goiana. Enquanto isso, Gleide Ângelo mandou várias mensagens através do WhatsApp para o suspeito, que respondeu confirmando a localização exata em que teria abandonado Maria Alice. No entanto, ele não especificou se ela estaria viva. Poucas horas após se comunicar com a polícia, Gildo Xavier postou no Facebook uma mensagem onde pede perdão à jovem e diz que a esposa não iria perdoá-lo pelo que teria feito.

Com a força-tarefa do DHPP, a delegada iniciou as buscas na Zona Rural de Goiana na noite dessa segunda, por volta das 22h30. A equipe retornou para o Recife de madrugada, sem encontrar nada. Na manhã desta terça, antes de voltar para Goiana, Gleide Ângelo conversou com a mãe de Maria Alice.

"Ele vai para a cadeia, vamos fazer de tudo para ele apodrecer lá. Desde que ele sequestrou Maria Alice eu tenho a certeza de que ele fez algo de muito ruim com ela. Ele era muito ciumento, possessivo. Estragou a vida dele, dela, a nossa", lamentou o tio de Alice, Valdeir Arruda, na sede do DHPP, no bairro do Cordeiro. A mãe continua no DHPP, mas foi orientada a não falar com a imprensa.

VIOLÊNCIA

O último contato da família com os dois foi no dia seguinte ao desaparecimento, quando a mãe da estudante ligou para o celular do marido. Quando ele atendeu, ela alega ter ouvido a voz da garota pedindo socorro, seguida de uma interrupção do telefonema. “Ela ouviu quando eu estava falando com ele e pediu socorro. Ainda escutei ele mandando que ela calasse a boca e depois a ligação caiu. Desde então não sei mais de nada”, conta Maria José Arruda.

Gildo é casado há 15 anos com a mãe da jovem e teria levado a enteada para concorrer a uma vaga de emprego no município de Gravatá, no Agreste, onde ele teria morado. Segundo a mãe de Maria Alice, o marido sempre foi ciumento e já chegou a agredir ambas. “Pouco antes do Carnaval ele deu um aperto no pescoço de Maria Alice, por um motivo que eu nem lembro mais. Também chegou a me bater, e minha filha pediu para que eu o deixasse. Mas como eu o amava muito, dei uma segunda chance”, completa. Informações repassadas à Polícia – e não confirmadas – dão conta de que padrasto e enteada teriam sido vistos na praia de Serrambi, no último domingo.  

A delegada Gleide Ângelo, do DHPP, orienta as pessoas que eventualmente tenham informações sobre o paradeiro da dupla para ligar para o telefone do Disque-Denúncia (3421-9595) ou para o número do próprio DHPP (3184-3567). “Lembrando que passar trote é crime e podemos responsabilizar criminalmente quem fizer esse tipo de coisa”.

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