Familiares e amigos de Beatriz Mota, menina morta durante festa de formatura em uma escola particular de Petrolina, no Sertão do Estado, em dezembro do ano passado, estão no Recife para tentar um encontro com o governador Paulo Câmara. De acordo com os pais da garota, o caso já é considerado o número 1 para a polícia de Pernambuco, porém, desde o dia do crime, poucos avanços foram vistos nas investigações.
Após um dia inteiro de manifestação, a família conseguiu um momento com Câmara ao fim da tarde de hoje. Para os pais da menina era incompreensível que o governador não os atendesse. "Não seria transtorno para o governador falar conosco aqui na capital. Nos já temos 222 dias de transtorno", desabafou o pai (referindo-se ao período desde a morte da garota).
Pela manhã, o grupo de quase 50 pessoas se concentrou nas proximidades do Palácio do Campo das Princesas e nas principais ruas do Bairro de Santo Antônio. Os manifestantes trouxeram para a capital um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas, a ser entregue ao governador do Estado.
Beatriz foi encontrada morta com uma faca cravada na barriga num área de manutenção de uma escola particular de petrolina. De acordo com a polícia, os pais da criança, que também estavam no evento, notaram o desaparecimento da menina e mobilizaram as pessoas que estavam no evento para irem em buca da garota.
Segundo relatos da perícia, o corpo de Beatriz foi encontrado atrás de um armário no vestiário esportivo da escola, porém a garota não teria sido morta neste local. Para a família, a perícia ainda afirmou que todo o crime foi premeditado.
Até hoje, o autor do crime contra a menina de nove anos não foi identificado.