A Polícia Civil divulgou na manhã desta segunda-feira (8) o resultado da Operação Miritiba, deflagrada com o intuito de desarticular uma quadrilha suspeita de praticar quatro arrombamentos, sendo três às Lojas Americanas de Gravatá, no Agreste do Estado, e um à Farmácia Drogasil, no bairro da Torre, no Recife.
A quadrilha também era investigada pelo comércio de armas, tráfico de drogas e homicídios. Ao todo foram cumpridos 13 mandados, dos quais seis foram de prisão e sete de busca e apreensão.
As investigações que acarretaram na Operação Miritiba foram iniciadas há quatro meses numa investigação de furtos de cargas em Paudalho, no Agreste pernambucano. O delegado José Claudio Nogueira, gestor do Depatri, informou que os suspeitos confessaram também terem praticado arrombamentos a outros estabelecimentos em Caruaru, Paulista e no Recife. Na capital, a polícia investiga a participação da quadrilha em invasões às Lojas Americanas e à uma loja de artigos esportivos na Imbiribeira.
Segundo a polícia, os produtos furtados eram vendidos na região onde os suspeitos moravam por valores abaixo do preço de mercado. Um receptador da mercadoria, identificado como Erickson Vagner Santiago, chegou a ser preso no cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Com ele, a polícia apreendeu dois televisores e uma arma de fogo.
A polícia encontrou ainda na casa de um dos suspeitos 12 litros de uma substância que seria usada para produzir loló. O mesmo homem também é suspeito de vender outros tipos de drogas, como a maconha.
Na operação foram presos seis integrantes da quadrilha. São eles: Daniel Braz Ferreira da Silva, conhecido como "Mago"; Jeferson Jônatas da Silva, conhecido como "Salsa"; Célio Domingos dos Santos, Jose Eduardo Bezerra dos Santos, conhecido como "Nino"; Jefferson Vasconcelos de Lemos, o "GG" e Elton Douglas Lima da Silva.
De acordo com o delegado José Claudio Nogueira, Daniel Braz e Jeferson da Silva são suspeitos de terem praticado um duplo homicídio no bairro do Jordão, Zona Sul do Recife, em outubro do ano passado.
Ainda segundo o delegado, as vítimas eram parceiros da própria quadrilha e foram mortas após um desentendimento decorrente de uma negociação de armas de fogo.