Após fortes chuvas, Sanharó conta com doações para se reerguer

O coordenador da Defesa Civil do município ressaltou que a população está precisando de roupas e produtos de higiene, além de cestas básicas
JC Online
Publicado em 18/02/2019 às 12:06
O coordenador da Defesa Civil do município ressaltou que a população está precisando de roupas e produtos de higiene, além de cestas básicas Foto: Foto: Reprodução/Prefeitura de Sanharó


Na manhã desta segunda-feira (18), os moradores da cidade de Sanharó, no agreste pernambucano, ainda estão lidando com o impacto das fortes chuvas que atingiram o município na última sexta (15). Em apenas duas horas foram registrados 142 mm de chuva na cidade, o triplo previsto para o mês, fazendo que a Prefeitura decretasse situação de emergência.

A Defesa Civil informou que ainda irá contabilizar quantas pessoas ao todo foram atingidas pela enchente, número que deve sair até o fim do dia para ser enviado ao Governo do Estado.

No bairro de Salgado, um dos mais atingidos, ao menos quatro ruas ficaram completamente alagadas, levando muitas pessoas a perderem tudo, como roupas, móveis e alimentos. Na região, os moradores passaram a manhã fazendo a limpeza em suas casas, vendo o que conseguiriam resgatar. A escola de referência do bairro também foi muito afetada, e recebeu um mutirão formado por alunos, pais, professores e funcionários para fazer uma limpeza geral.

Doações

De acordo com Coordenador da Defesa Civil de Sanharó, Lisboa Júnior, cerca de mil e duzentas pessoas de mais de 300 casas estão recebendo água e comida, e duas barracas da Defesa Civil foram montadas na cidade para dar apoio a população. Em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, ele pediu a colaboração de todos com doações. "É difícil pra quem não tem quase nada perder tudo. Tem gente que está precisando de sapato, roupa íntima e e principalmente produto de higiene, não é só cesta básica e principalmente produto de higiene", ressaltou.

"Aqui na cidade, 80% dos ganhos vem da produção rural, e como estávamos em um período de seca crítica até sexta-feira - e ainda estamos - a crise está grande, o pessoal não tem trabalho. Aqui é uma cidade que não tem indústria, por isso estamos correndo atrás para tentar restabelecer a vida dessas pessoas", afirmou Lisboa.

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