Cremepe expõe superlotação e falta de estrutura de grandes maternidades

Equipes do conselho visitaram na semana passada os Hospitais Barão de Lucena e Agamenon Magalhães, da rede estadual, além do Imip
Do JC Online
Publicado em 15/07/2013 às 18:34
Foto: NE10


A superlotação e problemas de estrutura de três grandes maternidades de alto risco do SUS em Pernambuco foram mais uma vez denunciados, na tarde desta segunda-feira (15), pelo Conselho Regional de Medicina.

Equipes do Cremepe visitaram na semana passada, de 9 a 12 de julho, os Hospitais Barão de Lucena e  Agamenon Magalhães, da rede estadual, além do Imip,  filantrópico conveniado ao sistema único. Nos três encontrarm parturientes em corredores, sentadas em cadeiras e em macas particamente coladas umas às outras. Nos serviços a lotação chegou a ser até duas vezes maior que a capacidade instaladas.

No Barão a sala cirúrgica estava sem o foco (de luz) principal. No HAM, a UCI 2 esáva sem médico plantonista. No Imip, a UCI funcionava como UTI e havia mulheres internadas na emergência obstétrica por mais de 48 horas, fato que não devria existir, uma vez que se trata de um espaço para obervação.

“Quebra-se um galho. É caótica a situação”, concluiu Roberto Tenório, dirigente do Cremepe responsável pela fiscalização. O relatório do caos reforçou o tom da entrevista coletiva convocada para manifestar, mais uma vez, insatisfação com a política do governo federal, puxada pela Medida Proviória 621, lançada na semana passada pela presidente Dilma.

O presidente e o vice do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila e Carlos Vital, estavam presentes ao encontro com a mídia.  “Vivenciamos um momento crítico e de surdez coletiva do governo, que opta por medidas improvisadas”, criticou Vital.

D’Ávila questionou o pré-teste do Revalida a ser aplicado a alguns estudantes de medicina brasileiros ( na triagem faltaram as grandes univeridades formadoras, como USP e UFRJ), a suposta improbidade administrativa do Ministério da Saúde, que devolveu aos cofres do governo R$ 17,5 bilhões do orçamento do ano passado quando o País tem um déficit de investimento no SUS, e disse que continuará lutando por carreira única no SUS. O CFM espera, com medida judicial e do Congresso, derrubar a importação de médicos sem avaliação prévia e outras mudanças anunciadas na MP 621.

Nesta terça-feira (16) médicos de todo o País farão manifestos contra o governo federal. Em Pernambuco haverá protesto em Caruaru. Agora à noite, a categoria faz assembleia para definir novas ações.

Hospital Agamenon Magalhães -
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Hospital Barão de Lucena -
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