Equipe de terapia ocupacional do HC participa do tratamento de Carlinhos

Profissionais têm a missão de ajudar a tirar o foco do videogame e tentar realizar outras atividades, que ajudam o rapaz a ficar menos agitado
Do JC Online
Publicado em 11/07/2015 às 7:02
Foto: Foto: Guga Matos / JC Imagem


Uma equipe de terapia ocupacional participa do tratamento do paraibano Carlos Antônio dos Santos Freitas, 28 anos, que está internado na enfermaria do 10º andar do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “São profissionais que auxiliarão a tirar o foco do videogame e tentar fazer outras atividades, que distraem e o ajudam a ficar menos agitado”, diz a cirurgiã do HC Luciana Siqueira. O rapaz, de 420 quilos e conhecido como Carlinhos, chegou na quinta-feira (9) à unidade de saúde para se tratar da superobesidade.

A médica informa que Carlinhos ainda não compreendeu bem que está em tratamento. Esse nível de entendimento, segundo os médicos, pode dificultar a estratégia terapêutica. “Como ele não tem muita noção do que está acontecendo, precisamos do apoio da família, da equipe de psicólogos e psiquiatras”, diz a gerente de Atenção à Saúde do HC, Ana Caetano. Ela acrescenta que, a priori, Carlinhos tem um déficit cognitivo, possivelmente associado a alguma síndrome que está sendo investigada. “Ainda não temos um diagnóstico fechado.” À noite, o jovem continua usando as mesmas medicações para dormir que tomava em casa. 

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Carlos Antônio Freitas, com 420 kg, chega ao Hospital das Clínicas para se tratar da superobesidade - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Seguranças, bombeiros e enfermeiros do Samu acompanharam o deslocamento de Carlos Antônio Freitas - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Bombeiros tentam fazer o deslocamento de Carlos Antônio Freitas, que tem 420 kg - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Bombeiros tentam fazer o deslocamento de Carlos Antônio Freitas, que tem 420 kg - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Bombeiros tentam fazer o deslocamento de Carlos Antônio Freitas, que tem 420 kg - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Enfermeiro do Samu tanta retirar Carlos Antônio Freitas da van - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Samu tanta retirar Carlos Antônio Freitas da van - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Carlos Antônio Freitas é retirado da van e segue para o 10º andar do Hospital das Clínicas - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Carlos Antônio Freitas é retirado da van e segue para o 10º andar do Hospital das Clínicas - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Carlos Antônio Freitas é retirado da van e segue para o 10º andar do Hospital das Clínicas - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Carlos Antônio Freitas é retirado da van e segue para o 10º andar do Hospital das Clínicas - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Van foi totalmente adaptada para trazer Carlos Antônio Freitas de Patos, na Paraíba, para o Recife - Foto: Guga Matos / JC Imagem
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Chegada de Carlos Antônio Freitas de Patos ao Hospital das Clínicas atraiu dezenas de curiosos - Foto: Guga Matos / JC Imagem

Ainda segundo Ana Caetano, o trabalho dos profissionais de serviço social do hospital tem sido fundamental nessa etapa do tratamento. “É importante estarmos junto da família, que chegou aqui sofrida e também culpabilizada. É preciso que os parentes saíam dessa condição e entrem no processo de colaboração.”

Desde o dia em que foi internado, Carlinhos tem se submetido a exames de sangue e de imagem, como o ecocardiograma, que avalia a condição cardíaca. E ele não está com a pressão arterial alta, que geralmente acompanha a maioria das pessoas com sobrepeso e obesidade. A pressão arterial do jovem tem se mantido em 13 por 8, o que pode ser visto como um bom parâmetro para um paciente nas condições dele. 

O paraibano segue um cardápio diferente da alimentação que tinha em casa. “Não podemos reduzir de forma drástica a ingestão calórica a que ele está habituado. Já diminuímos, contudo, o volume de comida oferecido. Ainda assim, não é uma dieta hipocalórica”, diz Luciana. O almoço de Carlinhos agora é servido num prato, e não mais numa vasilha de plástico. “Estamos tentando fazer várias readaptações dos hábitos. Essa é uma etapa fundamental do tratamento clínico”, conclui a médica. 

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