OMS alerta que vírus zika se propaga de maneira explosiva e anuncia reunião

Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto
AFP
Publicado em 28/01/2016 às 10:23
Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


A epidemia de zika "se propaga de maneira explosiva" no continente americano, alertou nesta quinta-feira (28) a diretora global da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, anunciando uma reunião do comitê de emergência em 1º de fevereiro. Além disso, a OMS teme que sejam de três a quatro milhões doentes na epidemia de zika na América. 

"O vírus foi detectado ano passado (2015) na região das Américas, onde se propaga de maneira explosiva", afirmou Margaret Chan durante uma reunião de informações para os estados-membros da OMS em Genebra.

"Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto", acrescentou.

Diante da gravidade da situação, Chan decidiu convocar um comitê de emergência em 1º de fevereiro. Os especialistas vão decidir se a epidemia constitui "uma urgência de saúde pública de nível internacional", informou a OMS em um comunicado.

A organização está particularmente preocupada com "uma potencial disseminação internacional".

A OMS também teme uma "associação provável da infecção com malformação congênita e síndromes neurológicas", mas também "pela falta de imunidade entre a população nas regiões infectadas" e a "falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidos".

Segundo Margaret Chan, "a situação decorrente do El Nino (fenômeno climático particularmente poderoso desde 2015) deve fazer aumentar o número de mosquitos este ano".

Na América Latina, o país mais afetado pelo zika é o Brasil.

Apesar de a ligação causal direta entre o vírus e complicações (como microcefalia) ainda não ter sido estabelecida, a Colômbia, El Salvador, Equador, Brasil e Jamaica recomendam que as mulheres não engravidem neste momento.

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