Um mutirão para detecção de novos casos de hanseníase está sendo promovido pela Secretaria de Saúde do Recife durante toda esta semana. O público alvo da ação são familiares e pessoas próximas aos pacientes diagnosticados com hanseníase nos últimos cinco anos. Mais de 60 unidades de saúde estão realizando exames, sempre pela manhã, até a sexta-feira (22). A hanseníase é uma doença que pode ser facilmente tratada e curada, mas quando negligenciada pode trazer sérias complicações.
O intuito é que seja feita uma busca ativa para que novos casos sejam detectados e tratados precocemente, já que a doença pode deixar sequelas. “Estamos nessa semana de intensificação na busca por contatos, que são as pessoas que mais próximas de quem foi infectado. É uma doença silenciosa e que pode demorar anos para desenvolver. Quando não tratada logo, pode causar algumas incapacidades físicas, como dificuldade de andar e a atrofia das mãos”, explica a coordenadora do Sanar Recife, programa de enfrentamento às doenças negligenciadas.
A hanseníase é uma doença curável e de baixa transmissão, já que a mesma só ocorre por via das secreções respiratórias (tosse e espirro). Os sintomas mais comuns podem variar de manchas à caroços. “Os mais frequentes são as manchas, que podem ser brancas, avermelhadas ou mais escuras que a pele e apresentam alteração de sensibilidade, ou seja, naquele local a sensação de dor e calor é alterada. Tumorações como caroços também são frequentes. Nos casos em que não há tratamento ou que ele é feito de forma inadequada, os sintomas podem chegar à dormências nas extremidades, ocasionadas por uma lesão neurológica, e deformidades nas mãos e pés”, explica o secretário de saúde do Recife, Jailson Correia. Nas unidades de saúde os familiares de pessoas que tiveram ou têm a doença farão o exame dermatoneurológico e passarão por consultas com diversos especialistas. O procedimento deve ser repetido anualmente pelos próximos cinco anos, já que o tempo de incubação do Mycobacterium leprae, parasita transmissor da hanseníase, pode variar em média de dois a cinco anos, segundo o Ministério da Saúde.
No Recife, cerca de cinco mil pessoas devem ser atendidas na ação. O aposentado José Machado da Silva, 73 anos, faz parte do público de risco. Há cinco anos, o filho dele, de 43 anos, foi diagnosticado com a doença. “Recentemente apareceram algumas manchinhas em mim. Como tive muito contato com ele, preferi fazer uma revisão para que fossem analisadas por um médico. A gente precisa ser precavido, certos cuidados nunca são demais”, relata o idoso, que procurou atendimento na Policlínica Professor Waldemar de Oliveira, no bairro de Santo Amaro.
Nas unidades que não estão fazendo parte do mutirão, o serviço será realizado até junho.
- MANHÃ:
POLICLÍNICA GOUVEIA DE BARROS E COELHOS II
USF ALTO DO PASCOAL/ COMPAZ
USF APIPUCOS
UBT JOAQUIM CAVALCANTI
UPINHA JARDIM SÃO PAULO
USF SÍTIO GRANDE
USF DIÓGENES CAVALCANTI/ ALTO DA BRASILEIRA/ RESERVATÓRIO
USF JOSUÉ DE CASTRO
GOUVEIA DE BARROS E COELHOS II
- TARDE:
UPINHA EDUARDO CAMPOS
UBT JOAQUIM CAVALCANTI
USF SÍTIO GRANDE
USF DIÓGENES CAVALCANTI/ ALTO DA BRASILEIRA/ RESERVATÓRIO
USF MONTE VERDE
- MANHÃ:
COQUE BERILO
USF ALDO DO PASCOAL/ COMPAZ
USF BRASILIT
USF PLANETA I
USF DANCING DAYS
UPINHA DR. HÉLIO MENDONÇA
USF SESI
COQUE BERILO
- TARDE:
USF TIA REGINA
USF BRASILIT
USF DANCING DAYS
UPINHA DR. HÉLIO MENDONÇA
UPINHA UR
- MANHÃ:
USF SANTA TEREZINHA
USF BYRON SARINHO
USF SÍTIO WANDERLEY
USF CHICO MENDES
USF SÍTIO GRANDE
USF CÓRREGO DO EUCALIPTO
USF JORDÃO ALTO
USF SÃO JOSÉ
- TARDE:
USF BYRON
USF CHICO MENDES E USF IRAQUE
USF SÍTIO GRANDE
USF CÓRREGO DO EUCALIPTO
USF ALTO DA JAQUEIRA
- MANHÃ:
USF SANTO AMARO
USF LUIS WILSON
C.S. BIDO KRAUSE E USF MANGUEIRA II
USF VILA DO IPSEP
C.S. BRUNO MAIA
USF UR-02
USF SANTO AMARO
- TARDE:
USF LUÍS WILSON
C.S. BIDO KRAUSE
USF VILA DO IPSEP
C.S. BRUNO MAIA
USF TRÊS CARNEIROS ALTO