Uma feira de artesanato como a Fenearte representa uma oportunidade única de promover a interação entre os artesãos dos quatro cantos do Brasil e do mundo. É em eventos como esses que eles podem trocar experiências e conhecer novas técnicas e novas culturas. Mas no caso dos mestres de fora, principalmente os que não conseguiram ou não puderam vir, mais fácil é o público conhecer somente as obras.
Visando promover um intercâmbio entre artesãos locais e do resto do Brasil, a feira trará para o Espaço Interferência Janete Costa três mestres artesãos, de Minas Gerais e do Piauí. “Essa é uma ação que oportuniza trocas de experiências entre artistas/artesãos que trabalham com a mesma matéria-prima e com estilos variados. Isso reforça o conceito da feira de valorizar o artesanato tradicional e a arte popular”, declara Patrícia Lessa, assessora especial da presidência da AD/Diper.
Filho do renomado artista Geraldo Teles Oliveira, também conhecido como GTO, Mário Teles, natural de Divinópolis, conseguiu fugir da influência do pai trocando o acabamento rústico da madeira pelo trabalho mais refinado caracterizado pelo retoque rigorosamente geométrico. Dentro de esferas, figuras humanas estão perfeitamente confinadas graças ao apuro no entalhe.
A inspiração vem de um universo fantástico, baseado em motivos folclóricos. Suas obras ganham vida em cedro, mogno e vinhático.
De Teresina, Mestre Expedito, de 83 anos, já ganhou o mundo e mais de 20 prêmios com seus santos de madeira que decoram mais de 50 igrejas Brasil afora. A profissão é a realização do sonho de um menino que queria fazer os santos observados durante as missas que frequentava.
Também da capital piauiense, Mestre Dico é considerado um dos mais talentosos artesãos em madeira do Piauí, criador de portas, baús e paineis entalhados. Suas obras estão espalhadas por países como Espanha, Estados Unidos, Itália, Alemanha e Bruxelas.