A exposição Condenados à Vida, que celebra os 70 anos do escritor Raimundo Carrero, encerra seu ciclo de atividades neste final de semana. Em cartaz desde 13 de novembro, a mostra reúne e recria no Museu do Estado o universo literário do escritor com trechos de livros, fotografias, vídeos e objetos da intimidade do autor. Sábado e domingo (15 e 16 de dezembro), a programação de debates e eventos continua, sempre com entrada gratuita.
Um dos convidados do dia é o jornalista Evaldo Costa, que vai falar no sábado (15), a partir das 14h, sobre a influência do ofício de repórter na obra posterior de Carrero, que trabalhou no Diario de Pernambuco, onde chegou a editor. Segundo ele, é possível encontrar alguns assombros que se repetem na ficção posterior.
Mais tarde, às 15h, o psiquiatra e dramaturgo Marcos Creder e o escritor João Paulo Parísio vão conversar sobre o tema da loucura na obra de Carrero, um dos temas da exposição, ao lado da paixão, da beleza e da fé. A relação entre narrativa e a representação (ou reinvenção) da insanidade é um dos debates constantes da literatura – e uma das chaves possíveis de leitura para as obras do criador de Minha Alma É Irmã de Deus.
No domingo (16), dia de encerramento da mostra, o Museu do Estado vai receber a partir das 14h o relançamento do volume Condenados à Vida (Cepe Editora), que reúne uma das tetralogias do escritor, com as obras Maçã Agreste (1989), Somos Pedras que se Consomem (1995), O Amor Não Tem Bons Sentimentos (2008) e Tangolomango (2013). Além disso, vai ocorrer o lançamento do catálogo da exposição.
A obra, ao longo de 35 páginas, traz um ensaio fotográfico produzido por Heudes Régis e os textos integrais de Sidney Rocha, curador da mostra, Marcelo Pereira, que assina a concepção, e dos escritores Marcelino Freire, Ronaldo Correia de Brito, Luzilá Gonçalves, José Luiz Passos e José Castello. Castello, por sinal, é o autor do prefácio de Condenados à Vida e também o responsável por fazer a palestra sobre a obra de Carrero que vai fechar a temporada da exposição.