Músico pernambucano Alexandre Garnizé foi seduzido pelas batidas de Fela Kuti

Um dos fundadores da banda Abayomy Afrobeat Orquestra, percussionista mora no Rio há 12 anos
Valentine Herold
Publicado em 26/10/2013 às 7:00
Um dos fundadores da banda Abayomy Afrobeat Orquestra, percussionista mora no Rio há 12 anos Foto: Foto: Divulgação


A paixão do músico pernambucano Alexandre Garnizé pelo afrobeat começou quando tinha 14 anos. Morando há 12 no Rio de Janeiro, ele é um dos fundadores da big band Abayomy Afrobeat Orquestra. Garnizé se lembra ainda de como entrou em contato com a música de Fela Kuti. “Eu estava na loja de disco do Recife A modinha. Vi o álbum Mr. follow follow e comprei na hora por causa da capa. Era o desenho de um avião passando pela Nigéria.”

Na época (final da década de 1980), Garnizé integrava uma banda de metal e depois fez parte do Faces do Subúrbio. Mas o coração falou mais alto e o percussionista deixou-se levar pelo groove do afrobeat. “Pernambuco tem essa coisa de música africana. Afinal, estamos apenas a duas horas e meia de voo do Senegal”, conta. “O que nos separa é o sotaque.” Preparando-se agora para voltar “à terrinha” para tocar com sua orquestra, o músico é bem consciente do cunho transformador da música. “É como uma arma que me salva. A Abayomi fez um show agora no Arpoador lotado e foi puramente político. Queremos levantar a bandeira do afrobeat com isso mesmo”

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