''Eu estou feliz da vida'', diz maestro Spok sobre homenagem do Carnaval 2015

O maestro e o Clube Bola de Ouro são os homenageados da Prefeitura do Recife na festa de Momo do próximo ano
Do JC Online
Publicado em 21/11/2014 às 17:52
O maestro e o Clube Bola de Ouro são os homenageados da Prefeitura do Recife na festa de Momo do próximo ano Foto: Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem


Nesta sexta-feira (21), a Prefeitura do Recife divulgou os nomes dos homenageados do Carnaval 2015 da cidade: o maestro Spok e o Clube Bola do Ouro. Spok disse estar "feliz da vida" com a homenagem. O músico estreou também nesta sexta o filme Sete Corações, que trata da importância de mestres de orquestras.

Confira abaixo a entrevista realizada pela assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife:

Como foi receber a notícia de que o senhor é um dos homenageados do Carnaval 2015 ao lado do Bola de Ouro?

Eu estou feliz da vida. Se tivesse que ser uma indicação por causa do momento, por causa do filme, podem ter certeza que eu pediria para o prefeito Geraldo Julio homenagear algum dos mestres do Sete Corações. Mas, como é uma homenagem que vem com essa intenção de destacar essa nova geração, que é composta por tantos amigos meus, só pude ficar muito feliz. Feliz por ser o homenageado e por saber que tantos amigos que estão na batalha para o frevo e cultura recifense e pernambucana seguirem com a força que sempre tiveram. Quase chorei na hora. Foi uma emoção muito grande.

O maestro tem destacado a importância do filme para a cultura recifense. Como surgiu a ideia de rodá-lo?

Como muitos amigos meus, a gente faz por onde para manter muito forte essa tradição. E os Mestres era um sonho que eu sempre tive, mas que ele ficou mais forte quando os maestros Clóvis Pereira e José Menezes foram, há quatro anos, parar na UTI. Foi uma notícia que me deixou muito preocupado. No mesmo dia, liguei a TV e estava passando um documentário sobre Quincy Jones, um grande produtor americano. Aí veio a ideia na hora: tenho que registrar os mestres.

Como foi o processo para tirar o projeto do papel?

Conversei com alguns amigos meus, eles acreditaram na ideia e a gente se juntou e começou a filmar com nossos próprios recursos. Filmamos, filmamos, filmamos até a gente não ter mais condição. Colocamos na Lei de Incentivo à Cultura, que ajudou através do Governo do Estado. Mas era preciso finalizar tudo, e a Prefeitura do Recife fez o projeto sair. Quando eu falei para o prefeito Geraldo Julio da dificuldade para que o filme fosse lançado, ele não pensou duas vezes. Foi um momento muito emocionante quando ele disse: 'isso vai acontecer agora!'. E, juntamente com a secretária de Cultura, Lêda Alves, ele fez com que o filme realmente acontecesse.

O poder público tem atuado em outros projetos culturais?

O frevo sempre teve força, o Carnaval sempre teve força. Eu não precisava falar isso se eu não acreditasse. Mas agora, com a força que as agremiações, os artistas, os músicos junto com o amor, o desejo, a verdade e a dignidade que a atual gestão do Recife tem, ela é mais poderosa ainda. As manifestações pernambucanas e o Carnaval não estiveram tão fortes e tão dignamente bem representadas e respeitadas.

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