A 22ª edição do Rec-Beat chegou ao fim terça-feira (23) em nota alta. Marcada pela diversidade sonora, a noite abarcou projetos artísticos instigantes, que, apesar de suas particularidades, compartilharam um ponto em comum: a aprovação do público.
A pernambucana Flaira Ferro abriu a noite com show instigado, baseado no seu disco de estreia, Cordões Umbilicais. Acompanhada do trio Wassab - Juliano Holanda, Hugo Lins e Gilú - a cantora, que também é dançarina, mostrou energia no palco e, além das canções do seu álbum, encerrou o show com Morrer em Pernambuco, composição de Holanda, que ela dedicou a todos os artistas do Estado.
Grande atração da noite, Jards Macalé entregou um show memorável, marcado por canções seminais da MPB, como Mal Secreto, Hotel das Estrelas e Vapor Barato. "Bom, primeiramente...", disse, logo ao entrar, ao que a plateia respondeu com "Fora Temer". Celebrando 50 anos de carreira, Macalé percorreu seu denso repertório em uma apresentação intensa, que transitou bem entre os momentos de teor mais denso, reflexo de sua fase maldita, e passagens como a homenagem a Dominguinhos, com participação de Marcelo Jeneci.
Jards Macalé e Marcelo Jeneci homenageiam Dominguinhos no encerramento do #RecBeat2017 pic.twitter.com/lJu7E1Lq9u— Jornal do Commercio (@jc_pe) 1 de março de 2017
Para Antonio Gutierrez, o Gutie, produtor do Rec-Beat, a 22ª edição do Rec-Beat cumpriu com as expectativas. "O festival já se consolidou junto ao público, que fica ligado na programação, busca saber quem são os artistas que nós trazemos. E é isso que eu busco, trazer sempre uma galera que está fazendo algo diferente, que está emergindo, fomentando novas tendências", pontuou o produtor.