O extraordinário caso do Menino do Acre (Bruno Borges), desaparecido misteriosamente no dia 27 de março, está para se resolver. A Polícia Civil fez operações na casa de dois amigos de Bruno e encontrou, entre outras informações e objetos, dois contratos assinados que destinam aos amigos a renda do Projeto Enzo e dos 14 livros criptografados por Bruno. O primo de Bruno, Eduardo Borges, também teria envolvimento no caso.
Uma das principais curiosidades disso tudo está no fato de que esse contrato foi redigido em 10 de março, 17 dias antes do desaparecimento do estudante, e teve firma reconhecida no dia em que Bruno sumiu.
Segundo o G1, Marcelo Ferreira, um dos amigos do sumido, foi preso por ter omitido informações sobre o caso, configurando falso testemunho. Na casa de outro amigo, Mário Gaiote, foram encontrados a cama e o raque do quarto de Bruno, retirados para a montagem do cenário encontrado após seu desaparecimento.
“No dia que o Bruno some, ele foi no cartório e registra o contrato. Então, para nós fica muito contundente que não foi um desaparecimento qualquer, na verdade, foi um plano consciente de afastamento, e o contrato mostra que há prazo para divulgação desses livros, prazo para publicação, destinação de porcentagem para quem o ajudou, no caso, essas três pessoas que o ajudaram de imediato. Para nós, está muito claro isso”, afirmou Alcino Júnior, delegado do caso, em entrevista para o G1.