O cantor Chris Brown foi processado nesta quarta-feira (9) em Los Angeles por uma mulher que assegura ter sido estuprada na casa da estrela do hip-hop.
Na ação, à qual a AFP teve acesso, a mulher afirma ter sido agredida pelo também rapper e amigo de Brown, Lowell Grissom (Young Lo), que a estuprou em duas oportunidades, e por uma mulher, que estava menstruada, e a forçou a fazer sexo oral nela.
"Este é um dos casos de violência sexual mas terríveis que já vi", declarou a advogada Gloria Allred, conhecida por defender vítimas em casos deste tipo há décadas. "Minha cliente está severamente traumatizada pelo que foi forçada a fazer".
O processo alega que houve agressão sexual, violação dos direitos civis e inflicção intencional de angústia emocional, e exige um pagamento não especificado por danos compensatórios e punitivos.
A mulher, cuja identidade foi protegida e chamada de Jane Doe, foi com uma amiga a um show de Brown em 23 de fevereiro de 2017 em uma boate de Los Angeles.
As duas conheceram os processados posteriormente em um estúdio de gravação, onde lhes tiraram os celulares.
Doe queria ir embora, mas Grissom se negou a devolver seu telefone para convencê-la a ir à casa do cantor, onde a festa continuaria.
Na residência, detalha a ação, Brown compartilhou cocaína, ecstasy e maconha com os convidados. A vítima também disse que o cantor de 29 anos estava armado.
Em um momento da noite, Doe acabou em um quarto, onde Brown ordenou que Grissom bloqueasse a porta com um sofá. Colocou filmes de pornografia na televisão em um volume alto e em um ambiente "hipersexual" no qual estavam outras mulheres.
A processada, identificada como Doe X, e que a vítima acredita ser amiga dos cantores, a forçou a fazer sexo oral em Grissom, agarrando-a com força pelo pescoço. Depois a jogou na cama, se sentou em seu rosto e a forçou igualmente a fazer sexo oral enquanto o rapper passava a mão nela.
Grissom a estuprou duas vezes: a primeira em um quarto onde foi tomar banho, e depois enquanto esperava um táxi, quando finalmente teve seu celular de volta.
A mulher relatou a agressão à Polícia, que informou à AFP que "nenhuma investigação está aberta" contra Brown, que, por sua vez, ainda não respondeu às ligações da agência.