O novo banco de desenvolvimento, lançado pelo Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, vai financiar projetos que ofereçam mais riscos e desafios do que os apoiados por tradicionais instituições financeiras, como o Banco Mundial, disse o ex-dirigente do Banco Central da África do Sul Tito Mboweni.
"Precisamos de um banco de desenvolvimento, mas em novo nível: queremos abarcar os projetos de infraestruturas mais arriscados e outros projetos de desenvolvimento. Notamos que há problemas com o grupo Banco Mundial", disse Tito Mboweni.
O dirigente disse que haverá casos em que a nova instituição trabalhará em conjunto com o Banco Mundial. No entanto, o novo banco de desenvolvimento será uma alternativa de financiamento ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional. A instituição, lançada pelo Brics, deverá começar a operar no primeiro trimestre do próximo ano, com capitais dos países dos Brics. O capital inicial será de US$ 50 bilhões, que pode ir até a US$ 100 bilhões no futuro.
O Brics representa mais de um quarto da produção econômica mundial, de acordo com o site do banco, que ficará baseado em Xangai. O primeiro presidente será Kundapur Vaman Kamath, presidente do Banco ICICI, a maior instituição financeira indiana privada. O banco terá uma filial em Joanesburgo, dirigida para a África subsariana.