O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou em coletiva, nesta terça-feira (22), que vai concluir a privatização da Eletrobras até o fim do 1º semestre de 2018, incluindo a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Ainda não há preço para a privatização. O próximo passo é definir a modelagem, o que deve ser concluído até o fim deste ano. Confira entrevista com o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho.
Ele também disse que a expectativa é de que a conta de luz fique mais barata com a privatização da Eletrobras. Isso se deve porque, nas mãos de parceiros privados, a empresa vai gerar aumento da eficiência da estatal e, por consequência, redução de seus custos. Sobre as soluções para que a empresa possa honrar seus compromissos e ganhar competitividade no mercado, Fernando Filho disse que "aumento de tarifas e encargos não são alternativas".
Ainda segundo o ministro, o processo será semelhante ao que aconteceu com outras empresas, como a Vale. O objetivo é diluir as ações que o governo possui. O percentual deve passar de 60% para menos de 50%. Com isso, o Estado deixará de ser controlador e vai perder direito a indicações de cargos na companhia. Porém, será detentor da "golden share", que dá poder de veto em decisões.
O anúncio da privatização da Eletrobras foi feito nesta segunda-feira (21). O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo está estudando a modelagem no processo de privatização da Eletrobras.
No Recife, funcionários da Chesf realizam protesto do lado de fora da sede da empresa, no bairro do Bongi, Zona Oeste da capital pernambucana. Eles gritam palavras de ordem, como "A Chesf é do Nordeste" e "Ministro golpista", e apitam contra a privatização.