Os juros futuros recuam desde a abertura da sessão desta segunda-feira (6), na esteira do dólar. A moeda norte-americana opera em baixa, pressionada por um movimento de realização de ganhos acumulados em mais de 4% nos últimos 30 dias.
Nesta semana de agenda econômica mais fraca, a tendência é de oscilações moderadas das taxas. O indicador de destaque local na semana é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, na sexta-feira. No exterior, o dólar tem sinais mistos ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities.
Nesta segunda, o investidor começou a sessão analisando comentários feitos esta manhã pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que está em Madri. Meirelles voltou nesta segunda a sinalizar que pode ser candidato a presidente em 2018. "Não posso descartar nada", afirmou. Já o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, por sua vez, disse nesta segunda que "Meirelles seria um ótimo presidente para o Brasil".
No radar seguem as articulações do governo para reunir a base aliada. No mercado, segue também o ceticismo com a reforma da Previdência, incertezas com as eleições de 2018 e com as medidas fiscais enviadas ao Congresso.
Mais cedo, a pesquisa Focus não trouxe alterações para projeções para IPCA, Selic e Produto Interno Bruto (PIB). O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, por sua vez, subiu 0,32% em outubro, após alta de 0,02% em setembro, superando o outubro superou o teto de 11 estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,22% a 0,30%. O resultado também ficou acima da variação de 0,27% registrada em outubro de 2016. Entre janeiro e outubro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 1,42%. No período de 12 meses até outubro, a taxa foi de 2,30%.
Às 9h37, o DI para janeiro de 2020 estava a 8,51%, de 8,54% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 caía a 9,36%, de 9,41% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista recuava 0,22%, aos R$ 3,2981. O dólar futuro de dezembro caía aos R$ 3,3970 (-0,60%).