O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, rejeitou, em entrevista ao Estadão/Broadcast, a hipótese de que a Caixa descumpre as regras internacionais que exigem mais capital para que o banco continue emprestando dinheiro, que entrará em vigor em 2019. Segundo ele, "não ocorrerá essa hipótese" porque o BC "analisa todas as alternativas" para eventual reforço de capital no banco.
Para conseguir sustentar esse papel de indutor do crédito, a Caixa briga para conseguir o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para uma operação que usará R$ 15 bilhões dos trabalhadores depositados no FGTS para capitalizar o banco. Sem essa transação, a Caixa corre o risco de descumprir normas bancárias e ter de colocar um freio na concessão de crédito. Quando questionado se bancos privados já não tinham feito a mesma operação - venda de bônus sem prazo de vencimento -, o presidente do BC disse que não é exatamente o mesmo tipo de operação.
Durante a entrevista, realizada antes do anúncio do Planalto de afastamento por 15 dias de quatro vice-presidentes da instituição para defesa em investigações do Ministério Público Federal, Ilan disse que não poderia comentar casos específicos. "O que eu posso dizer é que o BC acompanha as instituições de perto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo