A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 95,9 pontos em janeiro, alta de 5,1% em relação a dezembro de 2018, informou nesta quinta-feira (17) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). É a maior alta de um mês ante o período imediatamente anterior da série do indicador, iniciada em janeiro de 2010. Em relação a janeiro de 2017, o ICF avançou 14,7%.
Apesar da alta expressiva, o nível do ICF ainda é baixo, pois o indicador permanece abaixo de 100 pontos, limite que marca a "insatisfação" (abaixo de 100) ou a "satisfação" (acima desse patamar) com as perspectivas de consumo.
Conforme a CNC, todos os subíndices do ICF variaram positivamente, com destaque para a alta do componente Momento para Duráveis (+11,0%), seguido por Perspectiva de Consumo (+5,8%) e Perspectiva Profissional (+5,0%).
Em nota, a CNC ressaltou que a melhoria do mercado de trabalho, a estabilidade inflacionária e o recebimento do 13º salário podem ter impulsionado o otimismo do consumidor em janeiro. Os subíndices Renda Atual (+3,8%) e Emprego Atual (+3,1%) confirmariam o cenário favorável para o consumo.
Além disso, a percepção quanto ao Nível de Consumo Atual cresceu 4,4% em relação a dezembro. Na comparação anual, foi a alta mais significativa (+24,6%) dentre os subíndices do ICF.
"Diante do cenário em que o crescimento econômico vem sendo gradual, podendo acentuar-se em 2019, a intenção de consumo tenderá a crescer durante o ano, mas dificilmente repetirá a taxa de janeiro", diz a nota da CNC.