Protesto de ex-funcionários paralisa a Indústria Renda, em Abreu e Lima

Atualizada às 22h54

Ex-funcionários da Indústrias Reunidas Rendas, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), fizeram um protesto em frente à sede da empresa na manhã desta quarta-feira (15), contra a demissão de 47 pessoas do quadro de trabalhadores. Após o movimento, a entidade conseguiu um acordo com a empresa.

Por causa da mobilização, que interrompeu a entrada da fábrica, em Abreu e Lima (Região Metropolitana do Recife), os funcionários não puderam trabalhar pela manhã.

De acordo com o Sindmetal, a empresa se recusa a pagar as verbas recisórias aos ex-funcionários. A Renda alega que passa por dificuldades financeiras em função do cenário atual da economia e que só poderia as dívidas trabalhistas, que incluem multas do FGTS e do artigo 477 da CLT, em cinco parcelas mensais, até novembro. O valor das rescisões é de cerca de R$ 700 mil. 

"Tivemos reunião no Ministério Público e o procurador se recusou a intermediar qualquer acordo que ferisse o direito dos trabalhadores. Ainda foi sugerido que a empresa dividisse a sívida em menos parcelas, mas não chegamos a um acordo", explica o presidente do Sindmetal-PE, Henrique Gomes.

Segundo o sindicato, após o protesto, a empresa assegurou o pagamento do FGTS em cinco parcelas, que começarão a ser pagas a partir do dia 22 deste mês, em cinco parcelas. No próximo mês, será depositada a multa de 40% do fundo (à qual qualquer trabalhador tem direito quando é demitido sem justa causa) e liberado o encaminhamento para Seguro-Desemprego. Contudo, o Sindmetal-PE vai levar o caso ao Ministério Público do Trabalho para garantir o cumprimento do acordo.