Considerado o período de maior faturamento para o setor varejista, a Black Friday é motivo de grande expectativa no Brasil, por ser uma das mais movimentadas do País. A data também é vista como um termômetro para o Natal. De acordo com o E-bit, empresa que acompanha os dados do e-commerce brasileiro, as vendas na data registraram 17% em relação a 2015, com movimentação de R$ 1,9 bilhão no varejo online.
A economista da FBV Amanda Aires aconselha os consumidores a serem cautelosos ao realizar a compra. "A primeira coisa que tem de fazer é estabelecer antes o que vai comprar e pesquisar desde já o preço do produto", explica. Amanda diz que essa medida simples pode evitar que as pessoas sofram com as fraudes.
O economista da Fecomércio-PE Rafael Ramos destaca a importância das pesquisas para não ter uma experiência desagradável. "Quando a gente fala em Black Friday, a pessoa deve com pelo menos um mês antes, fazer a pesquisa de preços e ir acompanhando os valores dos produtos para não ser lesada", ensina.
Ainda segundo Ramos, é preciso ter cuidado com as formas de pagamento. "O consumidor deve procurar pagar à vista", enfatiza. O economista esclarece que a maioria dos cartões de crédito colocam a primeira parcela para janeiro. Para o economista, há uma
incidência ainda maior de pessoas endividadas nesse mês. Ainda segundo Amanda, se não for possível efetuar o pagamento em espécie, fazer um esforço para pagar uma parte com o 13º salário, também é válido.
Um ponto muito recomendado é realizar uma lista do que a pessoa realmente pretende comprar antes do início desse período.
Outra orientação dada pelos especialistas é verificar a confiabilidade dos sites de compras virtuais antes de fechar o negócio. A iniciativa pode evitar inúmeros prejuízos aos clientes. "Ao ver um produto em oferta, veja se o site é confiável. Porque muita gente vai pela euforia, compra o item, tem problemas e acaba não tendo a quem recorrer", alerta Amanda Aires. "Verifique em sites de reclamações, como o Reclame Aqui, para ficar antenado e saber se as empresas são confiáveis em relação a isso", frisa Rafael Ramos.
Economistas enfatizam o equilíbrio nas compras. "A pessoa não deve comprar por impulso e se perguntar se aquele produto é realmente necessário. Se tiver o equipamento em casa, por exemplo, deve refletir se é mais barato consertá-lo ou trocar por outro", contextualiza Ramos. "Aproveite para comprar realmente o que precisa. Estabeleça o que você precisa. O ideal é comprar o que eu preciso com o desconto", conta Amanda. A economista diz também que o grande benefício é não ser enrolado e não gastar com coisas desnecessárias.