Considerada uma das maiores vitrines dos artesanatos local, nacional e internacional, a Fenahall chega ao fim com expectativa de circulação de mais de 100 mil pessoas até este domingo (20), no Classic Hall, em Olinda. Nos 230 estandes, que reúnem 400 expositores, os visitantes podem encontrar além de peças de artesanato, artigos de decoração, livros, roupas e itens gastronômicos, com preços que variam de R$ 2 a R$ 20 mil. Nesta 16ª edição, a organização espera uma movimentação de R$ 3 milhões em negócios, 10% acima do ano passado.
Pelo segundo ano, a feira também promove o Hall das Artes, que reúne obras de mestres pernambucanos como Vicente Rodrigues, Marcos de Nuca, Zé Alves, André Menezes, Guimarães Bezerra, Gege Pedrosa, entre outros, que exibem suas peças no local.
Além dos artesãos pernambucanos, que contam com 50% do espaço, há expositores de praticamente todos os Estados do País, que ficam com 35% da área, sendo os outros 15% ocupados por países como Colômbia, Peru, Equador, Senegal, Índia, Emirados Árabes e Indonésia. “Essa é a grande vantagem de um evento como este. As pessoas podem negociar diretamente com os expositores e conseguir peças exclusivas e personalizadas”, explica o coordenador da Fenahall, Leonardo Cavalcanti.
Uma das novidades desta edição é a presença da Colômbia no espaço. Os artefatos do país sul-americano foram trazidos pelo expositor Andres Ramirez, que conhece o público pernambucano de outras feiras locais. “Nossos produtos são todos da Colômbia. Todos são feitos à mão. São da palha airaca, que é uma palha que trabalhamos no país. Temos chapéu e produtos de outros dois artesãos, como as alpargatas. No nosso estande, tem produtos que vão de R$ 15 a R$ 300”, comenta o colombiano.
Outro país andino representado é o Equador. Há oito anos, Márcia da Cunha, 45, trabalha junto a um equatoriano com produtos do país nas feiras pernambucanas. “O grande destaque da gente é o chapéu Panamá, que na verdade tem origem do Equador. Do país também trazemos lenços, bolsas, pulseiras e caminhos de mesa. Sempre expomos em outras feiras, mas como ele (o artesão) está morando no Equador, só estamos com as daqui”, conta a expositora.
Ao lado do estande estrangeiro, Cláudio Xavier, 45, expõe sandálias, bolsas e peças regionais a partir de R$ 2. “Nós somos do Recife, representando a Dona Chica, e apresentamos produtos de artesãos do Crato, no Ceará, de Belo Jardim, em Pernambuco, e de Natal, no Rio Grande do Norte. É um pouco diferente trabalhar na feira, já que é um público mais amplo e mais diversificado”, frisa.
A dona de casa Edileuza Ferraz, 70, frequenta o evento todos os anos. Nesta edição, ela já foi três vez por achar os produtos com preço em conta. “Está com um preço bom e estou gostando. Eu moro no Ipsep e sempre que as meninas pedem, venho com elas. Por enquanto (ontem à tarde), comprei colar e vou ficar até mais tarde conferindo outros produtos”, comenta.
Um destaque trazido pelo evento é a inclusão da literatura no espaço, com um estande da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). “Pela primeira vez estamos com um espaço da Cepe, onde vai acontecer lançamento de livros da editora neste sábado e no domingo. Os objetos de decoração do estande são feitos de papel reciclável da própria editora. Além disso, quem vier pode negociar diretamente com os expositores em uma experiência única”, afirma o coordenador da Fenahall, Leonardo Cavalcanti.
Para as pessoas que ainda não visitaram a exposição, os portões do Classic Hall estarão abertos hoje e amanhã das 14h às 22h. Os ingressos podem ser adquiridos no local, pelos valores de R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia-entrada).
A peça que mais vendemos é o Chapéu Panamá, que na verdade é feito no Equador, onde está a matéria-prima do produto”, diz Márcia Cunha
Eu venho todos os anos, sempre mais de três vezes. E acho os produtos com preço bom e o espaço legal”, afirma Edileuza Ferraz, 70 anos
Expomos peças de artesanato de Belo Jardim, do Crato, no Ceará, e de Natal. Custam a partir de R$ 2”, diz Cláudio Xavier
A vantagem é que a gente revê clientes que compram em outras feiras. Além disso, vem muita gente de férias conhecer”, conta Andres Ramirez.