Enfim, o Campeonato Brasileiro de futebol feminino começa

Depois de dois adiamentos e ameaças de cancelamento, finalmente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou oficialmente o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino da história. Na tarde desta segunda-feira, em uma coletiva na sede da entidade, no Rio de Janeiro, foi divulgado que competição começará na terça. A cerimônia contou com as presenças do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do presidente da Caixa Econômica Federal (patrocinadora oficial), Marcos Vasconcelos. A realização do torneio será um esforço da CBF e do Governo Federal para reformular a modalidade no país.

O campeonato colocará frente à frente as 20 melhores equipes de futebol feminino do Brasil, de acordo com o ranking da CBF. Os clubes serão divididos em quatro grupos de 5 clubes cada. Os dois melhores de cada grupo avançam para a segunda fase, que terá dois grupos de 4 clubes cada. Novamente, os dois melhores de cada grupo se classificam para a semifinal e depois final.

Entre os participantes, apenas um clube pernambucano: o Vitória. O time de Vitória de Santo Antão estreia às 20h30 de amanhã contra o Caucaia-CE, no estádio Carneirão. Além do rival cearense, o grupo do Vitória conta com Botafogo-PB, Mixto-MG e São Francisco-BA. 

Com cinco jogadoras novas (Shu, Nayara, Michelliny, Catherine e Girlaine) no elenco, o treinador o Tricolor das Tabocas, Bruno Angeiras, acredita que o time está mais do que pronto para enfrentar seus adversários e conquistar o título inédito. “A expectativa é a melhor possível. Nosso time esta muito compacto. Vamos jogar fechadinhos, apostando no contra-ataque para surpreender as adversárias e brigar sempre pelo topo. Nós estamos entrando no campeonato para vencer”, disse ele, que aproveitou para ressaltar o conjunto da equipe como trunfo para brigar pelo primeiro título nacional do Vitória. “O principal destaque é o grupo como um todo. Todas jogam pelo time. Claro que temos alguns valores individuais, mas não queremos que eles se sobreponham sobre o coletivo”, afirmou, sem querer citar nomes para evitar “ciumeiras” entre as atletas.