A cena de dezenas de torcedores do Santa Cruz caindo como uma avalanche nas arquibancadas da Ilha do Retiro no clássico da última quarta-feira pelo Campeonato Pernambucano rodaram o Brasil na última quarta (7). E como não poderia ser diferente, a discussão sobre quem foram os culpados pelos cerca de 60 feridos. O Ministério Público do Estado abriu inquérito para apurar a conduta dos envolvidos. Polícia Militar, Federação e clubes se eximiram de culpa no episódio. Já a maioria dos torcedores do Santa Cruz envolvidos no caso acusou a ação da PM, que por sua vez classificou a atuação de seus homens como “profissional e ética”. Foram 170 policiais empregados na segurança interna do estádio no Clássico das Multidões, que terminou 1x1.
Para a PM, foi a torcida do Santa Cruz quem deu início aos problemas. “A polícia identificou um homem com sinalizador aceso e acionou de oito a dez policiais para fazer a intervenção. Imobilizaram e prenderem o torcedor. O artefato não foi localizado”, explicou o tenente-coronel Edvaldo Cézar, comandante do Batalhão de Choque.
Questionado sobre a atuação policial, ele eximiu os seus comandados da culpa pela avalanche humana causada após a detenção do tricolor. Aliás, segundo o comandante, a confusão após a detenção foi gerada pelos próprios tricolores. O fato é que muitos deles precisaram ser atendidos no gramado da Ilha do Retiro, atrás de uma das barras e com o segundo tempo da partida acontecendo normalmente - não obstante a presença das oito ambulâncias passando à frente dos bancos de reservas e da torcida.