O primeiro jogo da final do Campeonato Pernambucano 2019 terminou com a vitória do Sport por 1x0 e o Náutico na bronca pelo gol irregular do adversário. Para a partida de volta, no próximo domingo (21), na Ilha do Retiro, porém, a reclamação alvirrubra pela ausência de arbitragem de vídeo não será suprida. De acordo com o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, são necessários 90 dias de antecedência para pedir o VAR.
"O VAR é um processo complexo, precisa de 90 dias para preparação, fazer o processo. Tem que mandar para a CBF, que vai pedir autorização à Fifa. Uma equipe treinada da CBF é mandada. Atualmente, muito pouca gente treinada. No Brasil, só Rio, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia estão usando agora", explicou o presidente da FPF, em entrevista ao Blog do Torcedor.
Evandro lembrou do uso do VAR na final de 2017. "Pernambuco foi o estado pioneiro com uso do VAR, primeira experiência da Fifa para Copa foi aqui, mas não cogitamos para o Estadual", emendou.
Além da questão burocrática, o presidente da federação local afirmou que a parte financeira também pesa na obtenção do recurso. Segundo ele, o custo do árbitro de vídeo há dois anos foi de R$ 150 mil. Agora, custa um pouco menos. "As pessoas não entendem que não é uma coisa simples. Você não utiliza imagem da Globo. Tem que produzir, ter satélite. Como se fosse um novo televisionamento do jogo. Muito diferente. Dispendiosa, complicado", acrescentou.
No gol do Sport, o lateral-esquerdo Sander está adiantado. Juninho finalizou, o goleiro alvirrubro Bruno deu rebote e o lateral adversário tocou voltando. De primeira, Ezequiel recebeu e mandou para a rede.
Com o capitão rubro-negro em posição irregular, o presidente da FPF foi categórico. "Não tem polêmica. A arbitragem errou. Um lance dificílimo, mas de fato em posição irregular. Erro da arbitragem", concluiu Evandro Carvalho.