Era dele a maior responsabilidade de decidir a final e ele a chamou para si. Ortigoza ou Ortigol, chame como quiser, afinal o atacante mais uma vez mostrou que é sinônimo de bola na rede. Foi decisivo na decisão e calou os indecisos que duvidavam do seu futebol. O paraguaio marcou o primeiro gol, participou do segundo e mostrou a raça de sempre. Nem fez um primor de partida na Arena de Pernambuco. Mas nem precisou disso para deixar sua marca.
Marca que já veio com o peso de ser o jogador que mais vem decidindo para o Timbu nos últimos jogos. Ao todo, o atacante marcou seis gols, inclusive o que abriu a vitória de 2x1 de ontem diante do Central. Fez valer o investimento e deu o retorno em forma do tão almejado e aguardado título. No Pernambucano foram quatro as vezes que balançou as redes. “A pressão sempre me trouxe mais vontade de mostrar meu futebol”, disse o jogador alvirrubro ainda na euforia da comemoração.
Sem temer a pressão, Ortigoza mostrou seu futebol, não o melhor, mas o suficiente para desequilibrar. No final do primeiro tempo, demonstrou presença de área ao se deslocar e enganar os marcadores para receber a bola de Júnior Timbó e bater para o gol. No começo da segunda etapa, ainda chegou a marcar de novo depois de dividida com França, mas para isso usou a mão e foi advertido. Participou da jogada do lindo gol de Jobson e em diversos outros lances da partida mostrou a sua já característica valentia e disposição.
Coube ao volante Negretti a honra de levantar a taça de campeão depois de 13 anos de jejum. O capitão, que foi um dos pilares do time e já tinha outras duas passagens, falou da alegria na volta. “Sensação tremenda. Eu sabia que Deus tinha isso preparado para a minha vida. A partir do momento em que eu retornei eu sabia que eu tinha que deixar um legado e graças a Deus estamos podendo construir essa linda história de resgate do Náutico”, afirmou o volante.