Titular, Rafael Oliveira se firma mesmo comprometendo uma troca no Náutico

Fora da melhor forma física e com risco de lesões, Rafael se tornou o centroavante no Náutico
Diego Borges
Publicado em 05/08/2019 às 12:03
Fora da melhor forma física e com risco de lesões, Rafael se tornou o centroavante no Náutico Foto: Foto: Léo Lemos / Náutico


Parte dos méritos da boa fase do Náutico no atual momento da Série C pode ser atribuída ao atacante Rafael Oliveira. Autor de dois gols na duas últimas partidas, o novo centroavante titular alvirrubro se tornou peça-chave no atual estilo de jogo que o técnico Gilmar Dal Pozzo aplica ao time. Ao ponto de mandar para o banco Wallace, artilheiro timbu nesta temporada, mesmo apresentando o ônus de comprometer uma das trocas que o treinador tem direito nas partidas.

“É muito do momento de cada atleta. O Wallace viveu grandes momentos aqui no Náutico, e é goleador. A característica que é um pouco diferente. O Rafael é mais acostumado com a posição de centroavante. Participou de quase todas as jogadas próximas da área, finalizando bem também”, argumentou o treinador.

Mas não apenas dentro de campo que o atacante ganhou a preferência de Dal Pozzo. Segundo o técnico, Rafael Oliveira apresentou um comportamento exemplar ao lidar com a reserva no Náutico.

“Um atleta muito motivado, de caráter. Soube respeitar o momento do companheiro Wallace. Eu avalio muito esses comportamentos fora de campo. tem que ser homem e ter caráter. Ele teve paciência. A minha ideia era colocar o Rafael antes como titular, mas por conta dessa lesão que ele teve, é um jogador que necessita de trabalhos especiais. A carga de trabalho dele não é igual à do Jiménez e outros atletas que têm essa condição, por exemplo”, justificou Dal Pozzo.

O ÔNUS DE RAFAEL EM CAMPO

A importância de Rafael para o esquema atual é tamanha, que mesmo sendo necessário substituí-lo durante as partidas, comprometendo uma das três trocas, o treinador não abre mão desse ‘sacrifício’ para ter o atacante na equipe. E espera condiciona-lo bem fisicamente nesta reta final de Série C.

“A gente sempre monitora ele para não ter uma lesão muscular ou voltar a ter uma lesão no joelho. Em função disso, dando uma carga menor, ele vai participar de todo o jogo. É praticamente uma troca no primeiro momento, mas quem sabe com uma sequência de três ou quatro jogos, com uma condição física melhor, ele possa até atuar o jogo todo ou, como o jogo se desenha às vezes de uma intensidade mais baixa. Mas nesse momento eu vou ficar refém de uma troca por conta desse problema físico e do joelho”, garantiu Gilmar Dal Pozzo.

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