A pernambucana Etiene Medeiros conquistou a medalha de prata nos 50m costas do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul. Com o tempo de 27seg44, a nadadora faturou a quarta medalha para a seleção brasileira na competição. Na classificação, ela ficou atrás apenas da norte americana Olivia Smoliga, que cravou 27seg33. A russa Daria Vaskina completou o pódio com 27seg51. Agora, a pernambucana se prepara para voltar a entrar em ação no Mundial, desta vez nos 50m livre. As eliminatórias da prova vão acontecer na sexta-feira.
Campeã mundial de 2017, a expectativa era que Etiene voltasse a subir no lugar mais alto do pódio. O segundo lugar, porém, é um resultado considerado igualmente positivo. "Satisfação imensa está aqui e conquistar mais uma medalha. O processo tem que ser bem alimentado, tem que ser bem diferido e o processo hoje é isso. Eu estou bem feliz com a minha medalha. Prova de 50m é uma loucura. O pessoal que está em casa fica maluco, imagina a gente que está nadando. Então, eu sou muito grata por estar aqui. Muito feliz estar sendo representada e representando muita gente. Essa medalha não é só minha. É do Vanzela que está na arquibancada morrendo, é o pessoal que está em casa, é o pessoal que saiu do treino no Sesi. Eu não nado sozinha. Eu não nado sozinha, eu nado com todo o Brasil", comentou a pernambucana, em entrevista ao Sportv.
Etiene ainda falou sobre o espírito competitivo e a satisfação de permanecer durante tantos anos no alto rendimento esportivo. "Eu resumo o esporte. O esporte é assim. A gente nunca chega aqui campeã mundial. A gente chega aqui sendo ex-campeã mundial. Isso não vai sair do meu currículo, não vai sair do currículo da Baker, campeã olímpica, não vai sair do currículo de ninguém. Quando a gente encara um novo mundial ninguém aqui é campeã. O prazer do esporte é esse: está na competitividade, estar sorrindo. O Brasil precisa disso. A gente que passa por tantas coisas difíceis. A emoção que todo brasileiro está ganhando de manhã, no meio da semana. Eu sempre falo que no meio da semana é mais difícil. Encarem da melhor forma possível. Para todo brasileiro é difícil. É difícil estar atrás do bloco, mas a gente escolheu isso. Sentindo essa agonia, uma vontade de vomitar imensa, mas o final é super gratificante. Estou muito feliz com minha medalha", finalizou.