O Santa Cruz não irá contar com um executivo de futebol no corpo diretivo na próxima temporada. Em processo de planejamento financeiro e renovações de jogadores, a decisão foi tomada visando o equilíbrio financeiro do clube no novo ano. Segundo o coordenador do núcleo gestor, Roberto Freire, a medida pode ser revertida, caso o Tricolor do Arruda consiga aumentar a receita até o início do ano de 2019.
“Por questão orçamentária, já foi decidido que não teremos um executivo de futebol. No nosso atual momento, o orçamento não permite e provavelmente não irá existir. A situação não possibilita essa contratação”, afirmou Freire.
A cúpula de futebol do Santa Cruz ainda não está definida. Por enquanto, as primeiras decisões estão sendo tomadas pelo presidente Constantino Júnior, o vice-presidente Felipe Rego Barros e o diretor Jomar Rocha. “Se o nosso orçamento melhorar daqui para a janeiro, podemos pensar na contratação, mas agora a tendência é que isso não aconteça”, completou o coordenador do núcleo gestor.
No começo deste mês, após o fracasso nas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro diante do Operário, o Santa Cruz desligou o executivo Fred Gomes. Na época, a justificativa era de que não existia justificativa para manter o profissional. Além disso, um retorno não estaria descartado, caso o clube achasse necessário.
Fred Gomes foi contratado ainda dezembro do ano passado logo após a eleição do presidente Constantino Júnior. A promessa do mandatário coral era de se afastar mais do futebol com a contratação do diretor remunerado e a formação de uma diretoria da casa. Mas, segundo informações da reportagem do Jornal do Commercio, não foi o que aconteceu na prática e ele ainda continuou com grande interferência.
Ainda de acordo com apuração do JC, o nome do executivo de futebol Fred Gomes tem rejeição na “diretoria da casa”. Outro ponto favorável para a não contratação de um diretor remunerado, além do financeiro, é que o papel de sucessor do antigo dono do cargo no Arruda pode ser feito por outro profissional do departamento.
Depois de rescindir o contrato do preparador físico Jailton Cintra, que estava no Santa Cruz há onze anos, o clube acertou a saída do supervisor de futebol Marcelo Adelino. Ele era responsável pela regularização dos jogadores junto à Confederação Brasileiro de Futebol (CBF) e parte burocrática de contratos. A medida faz parte do processo de reformulação nos quadros de funcionários do clube em busca de um equilíbrio financeiro. A intenção é que a folha gire em torno de R$ 500 mil por mês. “Tivemos mais uma conversa e fizemos um acordo para rescisão”, finalizou Roberto Freire.