Por onde passa, o técnico Milton Mendes tem o costume de revezar a braçadeira de capitão entre os líderes do elenco. Na sua primeira passagem pelo Santa Cruz, em 2016, a cada jogo, um atleta diferente a carregava. Grafite, Danny Morais, João Paulo, Léo Moura, Tiago Cardoso e outros a empunharam. Agora comandando o Tricolor novamente, o treinador estabeleceu mais uma vez o rodízio. Entre os que já atuaram, Allan Dias, Pipico e Charles já estiveram com a faixa. E para o primeiro, apesar de já ter visto em outras equipes, vê o fato como novidade em sua carreira.
“Não é novo, porque a gente já viu o Tite na Seleção e no Corinthians (fazendo o revezamento entre capitães). Mas atuando como profissional, é a primeira vez (que presencio). Acho bem inteligente, até falei para ele (Milton Mendes), porque acaba dividindo responsabilidades e ele acaba alcançando o grupo todo. Não só com jogadores experientes, mas com jogadores mais novos que também vão dividir essa responsabilidade da faixa de capitão”, afirmou Allan Dias.
Capitão do Santa Cruz contra o Confiança, o volante Charles recebeu o terceiro cartão amarelo diante dos sergipanos e desfalca o Mais Querido contra o Globo-RN na próxima segunda-feira, em Ceará-Mirim. Para a vaga, Ítalo Henrique assume. O prata da casa não possui o mesmo poder de marcação, mas tem uma melhor qualidade para carregar a bola e encostar nos meias. Diferenças percebidas pelos companheiros, que alteram o funcionamento do meio-campo coral.
“Cada um tem suas características. Dentro dos dois, acho que os dois são mais defensivos, o Ítalo saindo um pouquinho mais (para o jogo), mas ele também tem uma marcação muito boa. Acho que não muda tanto, é mais o estilo de jogo. O Charles tem uma boa inversão, o Ítalo marca um pouco menos, gosta de sair para jogar um pouco mais. Então acho que a gente ganha um pouco mais em ofensividade com o Ítalo”, concluiu Allan Dias.