O Santa Cruz deixou a Copa do Brasil deste ano na quarta fase, mas o atacante Pipico conseguiu cravar o nome dele na edição com a camisa coral. E o feito não tinha como não ser comemorado pelo camisa nove da Cobra Coral. Ao lado dos jogadores da mesma posição, Luciano (Fluminense e Grêmio) e Paolo Guerrero (Internacional), ele conseguiu levar o título de artilheiro da competição com cinco gols marcados. O prestígio é ainda maior porque ele teve a maior média de gols entre os goleadores. Pelos Tricolores carioca e gaúcho, Luciano chegou até a sétima fase. Já Guerrero foi até a final do torneio pelo Colorado.
“Um momento de muita alegria na minha vida e carreira. Estou feliz por essa conquista. Só posso agradecer a todos que sempre me apoiaram e passaram a convicção de que seria artilheiro. Foi um prazer e honra atingir essa marca, ainda mais em um campeonato de tanta expressão”, destacou o atacante do Santa Cruz.
Se levar em consideração o cenário local, a marca é ainda mais expressiva. Pernambuco teve cinco artilheiros em competições nacionais. Na Copa do Brasil, o atacante Bizu foi o primeiro, no ano de 1990, pelo Náutico com sete gols. Após 18 anos, Romerito teve seis tentos, em 2008, quando o Sport conquistou o torneio. Como também o centroavante Léo Gamalho no Santa Cruz, na temporada 2014, com o mesmo número.
Já no Brasileirão quem atingiu a marca pela primeira vez no Estado foi o ex-atacante Ramón, também vestindo a camisa coral, no ano de 1973, com 21 gols. Somente em 2016 um time do Estado conseguiu novamente chegar ao posto. O meia-atacante Diego Souza balançou a rede 14 vezes pelo Sport.
“Sabemos que a Copa do Brasil é muito importante. Tanto para o lado profissional quanto para o financeiro. Isso ajuda o clube a ter condições financeiras até o fim da temporada. Não tenho como não ficar muito lisonjeado em fazer cinco gols em seis jogos na competição. Espero poder repetir esse momento e também conquistar o principal objetivo do clube, que é o acesso”, enalteceu.
Pipico ressaltou que a forte ligação dele com o Santa Cruz facilitou para o bom desempenho nesta temporada. Foram 30 partidas e 16 tentos. Isso porque ainda teve uma grave lesão na panturrilha esquerda que o tirou dos últimos cinco confrontos da temporada.
A média de gols marcados do atacante no Arruda é alta desde a chegada. No ano passado, ele disputou nove confrontos e balançou a rede seis vezes. Com isso, ganhou o protagonismo entre os corais e caiu nas graças da torcida.
“Tive a oportunidade de defender o Santa Cruz em 2016, mas não deu certo. Cheguei ano passado, fiz gols em nove jogos e este ano consegui atingir a marca de 16 gols em 30 partidas. Isso é fruto de muito trabalho. Sempre procuro me dedicar ao máximo. Sei da exigência do clube onde estou jogando e da grandeza dele”, comentou.