Magrão está prestes a atingir mais uma marca expressiva com a camisa do Sport. Quarta (21), contra o Central, às 21h45, no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, pelas semifinais do Pernambucano, o goleiro irá completar 700 jogos vestindo a camisa rubro-negra (ele só é superado no Brasil por Fábio, do Cruzeiro, com 755). Apesar de quase 13 anos de clube e de muitas conquistas pelo Leão, o arqueiro ainda se emociona com os feitos atingidos.
“É uma alegria grande atingir essa marca. Comemoro como se fosse mais um ano de vida, o que pra mim é algo muito importante. Esses 700 jogos recebo com o sentimento de estar recebendo um presente, pois é assim que eu vejo poder vestir a camisa do Sport por tanto tempo. Me sinto presenteado por jogar num clube tão grande como o Sport e com o carinho de todos. Todo esse tempo que estou aqui mostra o meu comprometimento pelo clube. Tive vários momentos marcantes, jogos inesquecíveis e momentos ruins também. Mas acredito que na minha trajetória pude ter mais boas lembranças”, falou o camisa 1.
Com relação ao jogo inesquecível desses 699 disputados, Magrão não titubeou ao responder. “Todos foram importantes, mas o que marca são aqueles que resultaram em títulos. Então, a partida contra o Corinthians, que nos deu o título mais importante, pra mim foi o mais especial. Ainda mais pela final ter sido aqui na Ilha”.
Próximo de completar 41 anos de idade (9 de abril) e 13 de clube (chegou ao Leão no dia 21 de abril de 2005), a memória de Magrão segue aguçada a ponto de se recordar bem de sua estreia na meta rubro-negra. “Meu primeiro jogo pelo Sport foi contra o Guarani, na Ilha do Retiro. Me lembro que a partida foi no meio de semana, à noite, e vencemos por 1x0”, lembrou o arqueiro. O gol foi de Fabiano Gadelha, em confronto válido pela Série B.
Mesmo com a sua carreira caminhando para os capítulos finais - ele ainda não decidiu se pendura as luvas ao final dessa temporada -, o goleiro ainda pode atingir uma nova marca e entrar de vez para a história do Sport. Caso conquiste o título Pernambucano, Magrão irá se tornar o maior vencedor do clube (atualmente, ele está empatado em número de títulos com o finado ex-atacante Leonardo, ambos conquistaram nove troféus pelo Leão).
“Só de estar empatado com Leonardo pra mim é uma grande vitória, pois ele foi um dos grandes atacantes que vi jogar. Mas eu estou tendo a oportunidade de superá-lo e quando tenho procuro agarrar e fazer o meu melhor. Estamos em um bom momento, estamos crescendo na competição no momento certo e a possibilidade de conquistar esse título existe. Temos duas fases para isso acontecer e vou lutar para buscar esse título que entraria para a história”.
Para chegar a mais uma decisão pelo Sport e buscar o seu 10º título pelo clube, Magrão e seus companheiros de time precisam vencer o Central, em Caruaru. Tarefa árdua. “É jogar da mesma maneira, pois tem dando certo. Respeitamos o Central, mas se repetirmos as últimas atuações vamos chegar à final”.