'Precisamos montar um time competitivo', diz presidente do Sport

Arnaldo Barros reconhece que precisa reforçar o elenco rubro-negro para a disputa da Série A
JC Online
Publicado em 24/03/2018 às 8:12
Arnaldo Barros reconhece que precisa reforçar o elenco rubro-negro para a disputa da Série A Foto: Foto: Anderson Freire/ Sport


A pressão que o Sport atravessa após ser eliminado precocemente da segunda competição que disputava no ano levou o presidente Arnaldo Barros a convocar coletiva para esclarecer alguns pontos questionados. O mandatário leonino admitiu que o clube não vive um bom momento financeiro, mas negou que esteja devendo os salários dos atletas - confirmou pendências dos direitos de imagem. Ele se mostrou arrependido de dizer que o Sport não cabia em Pernambuco e criticou a postura de André na saída para o Grêmio. Para a Série A, sabe da necessidade de montar um time competitivo.

Confira os principais tópicos da coletiva de Arnaldo Barros:

FINANÇAS

O Sport enfrenta dificuldades financeiras como qualquer outro clube do Brasil. Contamos nos dedos os clubes que não têm aperto. A dificuldade é pelo momento econômico. Não é de hoje. Só Palmeiras, Flamengo, Atlético-PR, que têm investidores diferenciados por trás, que não estão encontrando dificuldades. Não é verdade que o Sport antecipou valores até 2024, até porque não é permitido.

ATRASOS

Não temos salários atrasados com os atletas. Tínhamos na semana passada, mas pagamos o que tinha de folha em aberto. Os funcionários em momento algum teve atraso. Agora, se me pergunta sobre outros tipos de remuneração: sim. Tem algumas imagens pendentes, mas se quer devemos aos atletas. Na verdade, são empresas que detêm os direitos da imagem dos atletas. Algumas cuidam da exploração da imagem de mais de um atleta. Então, essas imagens estão atrasadas sim. Além do 13º que também está atrasado. Mas dos funcionários não têm nada em aberto.

AÇÕES

Tirei hoje (ontem) uma certidão jurídica que prova que o Sport tem um total de 84 reclamações trabalhistas, e não 167 como falaram. Processos que foram ajuizados de 2015 para cá. Dessas, apenas seis são relativas a atletas de futebol, sendo dois da base e quatro profissionais. O restante são cobradores autônomos, relacionados a títulos de mensalidades. Mas estamos resolvendo.

NORDESTÃO

Não fui convidado. Não conheço o regulamento da Copa do Nordeste 2019. Não recebi o ofício da CBF. O Sport não faz parte da liga. Não posso responder por algo que não me diz respeito. Estou fora da competição e não me arrependo.

EXPRESSÃO

Na última coletiva, quando abordei o fato de o Sport ter vencido o Estadual em todas as categorias do ano passado, falei que o Sport não cabia em Pernambuco. Em nenhum momento quis menosprezar os coirmãos, que respeito bastante. Falei a expressão em um contexto, mas acabou sendo distorcida. Então, hoje, não repetiria.

PRESSÃO

A pressão no Sport é enorme. Mas não só pelo insucesso do time, se ganhasse seria do mesmo jeito. Torcedor do Sport é inconformado e exigente. Como posso aceitar o Sport sair na segunda fase da Copa do Brasil e nas semifinais do Pernambucano? A pressão já começa dentro da minha casa, com meus filhos e minha esposa. Ninguém planejava perder, mas não mandamos no jogo. Quando começa a partida está nas mãos de quem está jogando. Erramos, mas quem não erra. Amargamos duas desclassificações e não estou conformado. Tenho a responsabilidade de buscar as soluções.

 

CONTRATAÇÕES

Estamos trazendo atletas que entendemos que satisfazem ao elenco. Eles estão chegando com o aval da comissão-técnica e com a observação dos analistas de desempenho. Não estamos trazendo refugos de outros times. Os clubes atravessam dificuldades e estão fazendo escambo... Todos estão trocando jogadores. E, nessa troca, claro que chegam jogadores que não estão dando certo em determinado clube. Temos certeza que os atletas que estamos trazendo vão performar aqui.

BRASILEIRÃO

O que posso falar, com cuidado, é que precisamos ter um time competitivo. Para que possamos ir o mais longe possível. Qual o lugar do Sport? Como rubro-negro direi que é o primeiro. Eu quero ir o mais além possível no Brasileiro. Quero que os atletas depositem sangue e suor em campo para alcançar.

ANDRÉ

Após o interesse do Grêmio, André teve uma postura condenável. Não queria jogar. Não contava com esse posicionamento que ele teve. De não entender que ele valia muito mais do que o Grêmio ofereceu. Apesar de a gente ter vendido pelo dobro do preço que investimos, não acho que foi o melhor negócio, mas a postura de André nos levou a fazer o negócio.

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