Preparação do Sport explica queda física em jogos

Time tem recebido críticas por cair de produção no segundo tempo das partidas
Klisman Gama
Publicado em 08/05/2019 às 11:57
Time tem recebido críticas por cair de produção no segundo tempo das partidas Foto: Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife


O Sport tem passado por uma situação atípica em 2019. Ao longo da década, o Leão conviveu com calendários apertados, muitos jogos em datas próximas e pouco descanso. Neste ano, vive o inverso. Apesar de ocorrer um pensamento automático de que, com mais tempo sem confrontos o preparo da equipe estaria bem melhor, acontece o contrário. Tendo realizado apenas 16 jogos em quase cinco meses, o time tem sentido a parte física no segundo tempo dos últimos duelos. Jogadores têm cãibras e saem exaustos. Porém, é justamente a falta de ritmo de jogo em maior nível de exigência que causa isso, segundo a preparação física do Rubro-negro.

“O Sport tinha dois campeonatos a serem disputados, e tinha saído da Copa do Brasil. Então a gente só tinha o (Campeonato) Pernambucano. E realmente, essa situação de você não ter os jogos complica. No treinamento, você evolui vários aspectos, mas nada como o jogo e o ritmo de jogo”, explica Valdir Júnior, preparador físico do Sport, que veio junto com Guto Ferreira para o Leão. O profissional concedeu entrevista para o repórter Filipe Farias nessa terça (8), para a Rádio Jornal.

Juninho, como Valdir é mais conhecido internamente, também avaliou a melhora apresentada pelo elenco, tirando como exemplo o último confronto do Sport. “Contra o Bragantino, tivemos muitos pontos positivos. O Sammir, que jogaria 60 minutos, jogou até mais. O Guilherme ficou 10 dias sem treinar depois da final (do Estadual), fez quatro treinamentos e sustentou a partida até o final. O Ezequiel a gente percebe que, quando consegue fazer a semana toda de treinamento, ele tem um dos melhores preparos físicos do nosso time. A gente vê sim alguns ajustes que vem (acontecendo) com alguns pontos positivos também”, acrescentou.

SAMMIR

O meia naturalizado croata chegou ao Sport no início do ano para ser uma das principais referências técnicas do time. Tendo disputado a Copa do Mundo de 2014 pelo país europeu, ele sofreu com problemas físicos nas últimas temporadas e a mesma questão se repetiu no Recife. Com pouco tempo de clube, lesionou o calcanhar e ficou afastado por muito tempo, estreando pelo Rubro-negro apenas no fim de março. Agora, atuou nas duas primeiras rodadas da Série B e esteve em campo por 74 minutos contra o Bragantino. Com o meio-campista, tem sido realizado um trabalho especial desde o início e sua evolução agrada muito à comissão técnica.

“Fomos muito progressivos com ele, porque a região que ele sentiu, do calcanhar, é uma região que toda hora tem impacto nela. A gente começou a volta tirando o impacto, fazendo muito trabalho de academia. Depois fomos progressivos com ele, ainda assim, ele sentindo dores nos treinamentos, dosando. E, às vezes, dando uma recuperação maior de um treino para outro. Hoje ele já não sente mais dores, consegue fazer treinos com mais intensidade e participar de mais ações nos treinamentos. A gente sabia que, com a semana cheia que a gente teve de treinamento, o Sammir teria um ganho muito grande”, finalizou Valdir Júnior.

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