O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, pediu nesta terça-feira (29) cautela nas ações de investigação e punição dos responsáveis pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
“Eu acho que a gente tem que ter cautela nessa hora. Uma coisa é agir pelos impulsos e pela situação que está ocorrendo, pela quantidade de gente que perdeu a vida. Tem que apurar as responsabilidades, se houve realmente imprudência, imperícia, negligência”, disse Mourão na saída da Vice-Presidência, no anexo do Palácio do Planalto, onde fica seu gabinete.
“Uma vez apurado, a gente vê o que pode ser feito. Isso o Ministério Público vai agir. O próprio Ministério Público já tomou algumas atitudes hoje, não sei se foram as mais corretas, mas foram tomadas”, completou.
Mourão citou a prisão de dois engenheiros suspeitos de fraudar laudos técnicos da empresa Vale. O presidente em exercício destacou a relevância das prisões e a importância de existir provas suficientes para sustentá-las. “Não é que eu não concorde com as prisões. Não tenho elementos para dizer se estão corretas ou não. Agora, você prender preventivamente dois engenheiros por 30 dias, tem que ter provas ou indícios muito fortes de que eles iriam apagar as provas”.
Mourão também confirmou a liberação de R$ 801,9 milhões, pelo Ministério da Economia, para apoiar medidas de apoio emergencial em Brumadinho. “Isso tá valendo. O recurso o Paulo Guedes [ministro da Economia] já tinha liberado, agora não se sabe a totalidade que será utilizado disso”.