O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Jerson Kelman, renunciou ao cargo, assumido no dia 19 de janeiro. A renúncia foi confirmada pela assessoria da organização de natureza privada, sem fins lucrativos e que representa mais de 130 associados que, direta ou indiretamente, têm vínculo com a indústria mineral do país, incluindo bancos de investimento e entidades de classe patronais.
O anúncio ocorre dez dias após o rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, a cerca de 50 quilômetros de Belo Horizonte. Em nota, a assessoria de comunicação do instituto informou, na manhã desta segunda-feira (4), que Kelman entregou seu pedido de demissão e que, em breve, o Conselho Diretor do Ibram indicará um profissional para a posição.
Engenheiro civil, Kelman foi eleito pelo colegiado para suceder Walter Alvarenga, que passou a atuar na divisão de Assuntos Institucionais do instituto. Nascido no Rio de Janeiro, em 1948, Kelman exerceu cargos de destaque, como a presidência da Agência Nacional de Águas (ANA), da Sabesp e do Grupo Light e a direção-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).