O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL), e o ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o carro do assassino, vão continuar presos. A prisão em flagrante dos dois, nessa terça-feira (12), foi convertida em provisória pela Justiça. Agora, eles serão transferidos para uma prisão federal. A decisão foi divulgada na tarde desta quinta-feira (14) após uma audiência de custódia, mas o local e quando eles irão não foi informado.
Na mesma audiência ficou decidido que Alexandre Mota, que também foi preso em flagrante nessa terça-feira, seguirá detido.
Os três fizeram nesta quinta-feira exame de corpo de delito e retornaram à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na zona oeste, onde devem prestar depoimento ainda hoje sobre o crime. Somente na manhã de sexta-feira eles devem ser transferidos para o Complexo de Gericinó.
Alexandre foi preso em flagrante em sua casa, no Méier, na zona norte, por abrigar peças suficientes para montar 117 fuzis. Ronnie Lessa, que é amigo de infância de Alexandre, foi detido também em flagrante, no mesmo dia, por ser o dono das peças de fuzis. Élcio Queiróz, por sua vez, também foi preso em flagrante pela posse irregular de duas pistolas.
Nas investigações sobre as mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes, no entanto, Lessa é apontado como autor dos 13 disparos. Queiroz, por sua vez, estaria ao volante do Cobalt Prata. Lessa e Élcio também foram denunciados pela tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, a assessora da vereadora que também estava no carro mas sobreviveu ao ataque.
Os advogados de Lessa e Queiróz dizem que seus clientes são inocentes. Eles descartaram a hipótese de seus clientes fazerem uma delação premiada para apontar os mandantes do crime - hipótese levantada pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.