Pelo menos 50 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) morreram nas últimas 24 horas em combates em Kobane, a cidade curda da Síria perto da fronteira com a Turquia, anunciou neste domingo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Este é o balanço de mortos mais grave para o EI desde o início da ofensiva do grupo para tentar controlar Kobane, há três meses, segundo a ONG.
"Morreram em ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos, em combates contra os curdos e em cinco ataques suicidas em vários locais de Kobane", afirma um comunicado do OSDH.
No sábado (29), o EI executou pela primeira vez ataques suicidas contra o posto de fronteira de Kobane, controlado pelos curdos. O grupo também cometeu três atentados suicidas em outras áreas da cidade, que tenta conquistar desde 16 setembro.
Depois de perder terreno para as forças curdas nas últimas semanas, uma consequência dos ataques aéreos da coalizão, "os jihadistas tentaram surpreender as forças curdas com ataques suicidas, mas fracassaram", afirmou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Pelo menos 11 combatentes das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) e um rebelde aliado dos curdos morreram nos ataques.
Segundo o PYD, principal partido curdo na Síria, e uma ONG síria, os homens-bomba do EI vieram "do lado turco" da fronteira. O governo da Turquia denunciou "uma mentira grosseira".