Um tribunal holandês condenou a três anos de prisão um jihadista holandês que combateu na Síria, mas absolveu sua esposa que era acusada de recrutar "esposas jihadistas". Segundo a imprensa holandesa, trata-se da primeira condenação a um jihadista que retornou da Síria, mas o tribunal ainda não confirmou o veredicto.
Os juízes consideraram o jovem, identificado como Maher H., "culpado de preparação de homicídio e assassinatos com objetivo terrorista", indicou o tribunal em um comunicado, ressaltando que sua esposa de 20 anos foi absolvida.
A jovem, que acompanhou o marido na Síria, era suspeita de recrutar mulheres para se casar com jihadistas na Síria, mas o tribunal considerou que a esposa não participava diretamente dos combates.
Maher H. viajou para a Síria em julho de 2013 e retornou à Holanda em fevereiro de 2014, segundo a justiça. "Ele se juntou a um grupo jihadista na Síria e participou nos combates", afirmou o tribunal.
Segundo a imprensa, o homem reconheceu ter ido para a Síria, mas para fins unicamente humanitários. Contudo, a acusação apresentou fotos que comprovam que ele combateu em um grupo jihadista.
O promotor utilizou como prova a foto do perfil de um jovem no Facebook onde ele aparece com um fuzil.
O governo holandês reforçou em agosto as medidas para impedir a partida de jihadistas e a radicalização de muçulmanos no país.
Entre os cerca de 130 holandeses que partiram para se juntar aos jihadistas, 30 retornaram e 14 morreram, segundo dados do serviço secreto holandês (AIVD).