Polícia segue em busca de companheira de sequestrador

Forças de segurança francesa continuam procurando a companheira de Amedy Coulibaly, um dos suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo
Da Folhapress
Publicado em 10/01/2015 às 10:19
Forças de segurança francesa continuam procurando a companheira de Amedy Coulibaly, um dos suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo Foto: Divulgação


Na manhã deste sábado (10), Hayat Boummediene, 26, companheira de Amedy Coulibaly, continua sendo procurada pelas forças de segurança francesas por um suposto envolvimento com o tiroteio de Montrouge, que deixou uma policial morta e outra pessoa ferida.

No dia seguinte, seu companheiro morreu após invadir um mercado kosher e manter reféns em Paris.

Em 2014, a jovem trocou mais de 500 ligações com Izzana Hamyd, mulher de Chérif Kouachi, um dos suspeitos do atentado ao jornal "Charlie Habdo", morto na sexta (9) depois de um longo cerco policial a uma gráfica onde ele e seu irmão, Said, se escondiam.

Izzana está detida desde a noite de quarta-feira.

O rosto de Hayat tornou-se conhecido quando a polícia francesa divulgou sua foto ao lado de Coilibaly. O texto acompanhado das imagens indicava que eles estavam armados e eram perigosos.

Muçulmana radical, ela usa o niqab (véu integral) desde 2009, o que fez com que tivesse de deixar seu emprego como caixa. Depois, se casou religiosamente - mas não civilmente -, com Coulibaly.

Hayat Boumeddiene nasceu em junho de 1988 em Villers-sur-Marne, numa família com sete filhos e de ascendência argelina. Ela perdeu sua mãe em 1994.

Seu pai não podia cuidar da família e ela ficou sob os cuidados dos serviços sociais franceses em 1996, segundo o jornal "Le Parisien".

Mais religiosa que seu companheiro, disse numa ocasião que "ele só quer se divertir e não é muito religioso", além de também já ter declarado que ele desejava ter uma segunda esposa. Ela desejava viver num país árabe, para melhorar suas habilidades na vertente literária do idioma.

Acompanhada de Coulibaly, viajou para Meca há cerca de um ano. Foi quando voltou a manter contato com seu pai, Mohammed, também segundo o "Le Parisien".

Interrogado pela polícia, ele disse estar "em choque" e não conseguir acreditar que sua filha esteja ligada aos ataques de Paris.

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