O egípcio Tariq El Sawah, de 57 anos, que está doente e obeso, detido em Guantánamo, foi declarado "apto para libertação", nesta quarta-feira, por uma comissão do governo que analisa a situação dos detentos desse presídio americano.
Composta por representantes de seis departamentos do governo dos EUA, a Comissão anunciou que El Sawah pode ser transferido para um país com "infraestruturas médicas adequadas".
Atualmente, o egípcio é considerado "um dos detentos mais obedientes", sendo, então, "recomendado para transferência", como já aconteceu com outros 54 dos 122 homens presos em Guantánamo.
A Junta de Revisão Periódica (PRB, em inglês) levou em consideração sua "mudança de ideologia e sua renúncia à violência, assim como sua situação médica e seus esforços para melhorá-la", explica a nota.
"O detento não está em contato com extremistas fora de Guantánamo, e sua família se comprometeu a ajudar sua reinserção, depois da transferência", acrescentou o PRB.
Capturado em dezembro de 2001 na fronteira entre Paquistão e Afeganistão e transferido para Guantánamo em maio de 2002, Sawah admitiu ter ensinado técnicas de explosivos em um acampamento da Al-Qaeda.
Sofrendo de obesidade mórbida, colesterol alto, diabetes, doença hepática não associada ao alcoolismo e de dor crônica nas costas, sua saúde pode acelerar sua libertação, mas ainda não há informações de que o governo americano tenha encontrado um país para acolhê-lo.