A Espanha anunciou nesta terça-feira ter detido dois supostos jihadistas no enclave norte-africano de Ceuta, fronteiriço com o Marrocos, pertencentes a uma célula "disposta a atentar no território nacional".
"A Polícia Nacional realizou, nesta madrugada, uma operação antiterrorista que terminou com a detenção de dois supostos jihadistas que formavam parte de uma célula plenamente preparada e disposta a atentar no território nacional", segundo um comunicado do ministério do Interior.
Esta operação segue outra detenção, em 24 de janeiro, de "quatro pessoas da mesma célula jihadista", disse o ministério.
As autoridades haviam anunciado na época a detenção de dois casais de irmãos, de nacionalidade espanhola e origem marroquina. Estes últimos dispunham de uma pistola automática e de uniformes militares e contavam, segundo o ministério, "com o treinamento, capacitação e predisposição necessários para a execução de atentados terroristas no nosso país".
A Espanha também anunciou nos últimos meses o desmantelamento de várias redes de recrutamento para o grupo Estado Islâmico (EI), principalmente nos enclaves norte-africanos de Ceuta e Melilla, únicas fronteiras terrestres entre a África e a União Europeia.
Segundo as autoridades espanholas, uma centena de residentes no país se uniram às "milícias jihadistas" no Iraque ou na Síria, um número baixo comparado aos milhares de franceses, britânicos ou alemães que partiram para lutar nestes países.