Com um toque de corneta e uma coroa de flores pontuando semanas de celebrações, os Estados Unidos prestaram homenagem nesta quarta-feira (15) ao presidente Abraham Lincoln, assassinado em Washington há 150 anos.
Várias centenas de pessoas se reuniram no início da manhã em frente ao "Petersen House", onde morreu, às 7h22 do dia 15 de abril de 1865, o 16º presidente dos Estados Unidos, vencedor da Guerra de Secessão e emancipador dos negros e o primeiro presidente assassinado da história americana.
Na véspera deste dia, o presidente assistia a uma peça no teatro Ford, localizado em frente a "Petersen House", quando surgiu John Wilkes Booth.
Este simpático à causa sulista disparou um tiro contra a cabeça do presidente, que foi transportado para a casa vizinha, onde veio a falecer na manhã seguinte.
"Às 7h22 e 10 segundo, seu coração parou de bater, tudo está acabado. Ele se foi, ele morreu, disse um dos médicos", lembrou o historiador Mark Swanson.
Várias dezenas de músicos em uniformes azuis da União e uma cantora afro-americana de chapéu de palha lembraram o aniversário da morte do presidente com música, antes de um toque de corneta para os mortos e uma coroa de flores.
As bandeiras oficiais foram hasteadas a meio mastro nesta terça-feira, proclamada Dia da Lembrança pelo presidente Barack Obama.
Um dia antes, pessoas fantasiadas participaram de uma homenagem no teatro Ford com uma vigília com velas e conferências de historiadores.
Uma reconstituição do cortejo fúnebre ainda está prevista para o fim de semana.
Dezenas de eventos, shows, exposições, concertos, etc., foram organizados em todo o país para lembrar o aniversário de 150 anos do fim da Guerra de Secessão e da rendição do Sul, assinado cinco dias antes do assassinato de Lincoln.
O presidente assassinado é uma figura muito respeitada nos Estados Unidos, chegando a exceder George Washington, figura paterna do país, em uma pesquisa de 2012, recordou nesta terça-feira o New York Times.