Exército sírio avança rumo a Palmira para enfrentar EI

A Força Aérea bombardeia a cidade intensamente, e os moradores estão em fuga, acrescentou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH)
Da AFP
Publicado em 09/07/2015 às 17:58
A Força Aérea bombardeia a cidade intensamente, e os moradores estão em fuga, acrescentou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) Foto: Foto: JOSEPH EID / AFP


Apoiadas pela Força Aérea, as tropas do regime sírio avançaram nesta quinta-feira, localizando-se a poucos quilômetros de Palmira, em meio aos combates com os jihadistas do Estado Islâmico (EI) nessa antiga cidade do centro do país em guerra.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os soldados sírios estão 5 km ao oeste da cidade e travam combates violentos com os jihadistas.

"As forças do regime podem entrar na cidade a qualquer momento. Elas não estão longe. O deserto separa os efetivos da cidade", acrescentou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

A Força Aérea bombardeia a cidade intensamente, e os moradores estão em fuga, acrescentou.

Segundo ele, ainda não há condições para divulgar um balanço sobre vítimas.

Em Damasco, uma fonte de segurança confirmou o avanço do Exército e a continuação dos combates. 

"Ontem (quarta-feira), o Exército conseguiu avançar de maneira significativa na direção da cidade", relatou a fonte da AFP.

Palmira caiu nas mãos do EI em 21 de maio passado.

As ruínas de Palmira são consideradas Patrimônio Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A agência da ONU condenou as destruições, por parte do EI, das obras de arte dessa localidade, em particular dos monumentos funerários e da célebra estátua do Leão de Al Lat.

O EI divulgou um vídeo on-line, no qual mostrou 25 soldados do regime sendo executados por adolescentes no anfiteatro da cidade.

Deflagrado pela repressão, por parte do governo, de um movimento de contestação pacífico em março de 2011, o conflito no país começou entre o Exército e rebeldes sírios. Acabou se tornando mais complexo e sangrento com o envolvimento de inúmeros grupos rebeldes, dos cursos e de jihadistas procedentes, em especial, do exterior.

Mais de 230 mil pessoas já morreram no conflito, segundo o OSDH.

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