Hackers acessam dados de 21,5 milhões em sistema de órgão dos EUA

Segundo o OPM, entre os afetados, estão 19,7 milhões de pessoas que se inscreveram no escritório para fazer a checagem de antecedentes e cerca de 1,8 milhão de cônjuges e companheiros
Da Folhapress
Publicado em 09/07/2015 às 21:19
Segundo o OPM, entre os afetados, estão 19,7 milhões de pessoas que se inscreveram no escritório para fazer a checagem de antecedentes e cerca de 1,8 milhão de cônjuges e companheiros Foto: Foto: USP/ Imagens


Dados confidenciais de cerca de 21,5 milhões de pessoas foram acessados por hackers que invadiram os sistemas do Escritório de Recursos Humanos (OPM, na sigla em inglês) do governo americano no último ano.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (9) pelo próprio órgão, que disse que o vazamento das informações é um caso separado mas está "relacionado" a um incidente anterior, no qual dados de 4,2 milhões de funcionários federais foram acessados.

Segundo o OPM, entre os afetados, estão 19,7 milhões de pessoas que se inscreveram no escritório para fazer a checagem de antecedentes e cerca de 1,8 milhão de cônjuges e companheiros.

Os dados vazados incluem números de seguridade social, materiais das entrevistas conduzidas pelos funcionários do órgão e cerca de 1,1 milhão de impressões digitais.

A diretora do OPM, Katherine Archuleta, disse que o escritório está tomando uma série de medidas em resposta ao ataque dos hackers, incluindo a criação de um posto para cuidar da segurança cibernética do órgão.

"É fundamental que todos os membros do OPM -e mais importante, aqueles diretamente impactados por essas falhas- recebam informação de forma acurada, transparente e rápida", disse Archuleta. "Nós tratamos esses incidentes de uma forma extremamente séria."

A diretora disse que o escritório oferecerá a quem foi afetado monitoramento contra possíveis roubos a partir dos dados vazados e serviços de proteção.

SEGURANÇA NACIONAL

Em junho, o OPM já havia divulgado que hackers tiveram acesso a formulários preenchidos por quem se inscreveu para vagas de segurança nacional no governo.

Na época, funcionários do governo americano disseram que o ataque teve origem na China e que havia suspeita de espionagem pelo governo chinês -que nega envolvimento.

Os formulários incluíam informações de candidatos sobre existência de doenças mentais, uso de drogas e álcool, antigas ocorrências policiais ou declaração de falência.

O documento também contém uma lista de contatos dos funcionários e de familiares -o que expõe, por exemplo, parentes de agentes de inteligência no exterior.

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