Numa troca de farpas que já dura quase uma semana, o senador republicano John McCain disse nesta segunda-feira (20) que não espera uma retratação do pré-candidato republicano e magnata Donald Trump por ele ter questionado seus méritos como piloto de guerra.
McCain disse à rede MSNBC que Trump, todavia, "talvez deva um pedido de desculpas para as famílias daqueles que se sacrificaram em conflitos e daqueles que foram presos ao servir o país".
No sábado (18), Trump havia dito que o senador "não é um herói de guerra. Ele se tornou porque foi capturado". E provocou: "Eu gosto das pessoas que não foram capturadas. Lamento dizer isso".
Horas mais tarde, procurou amenizar sua fala, que causou a ira de admiradores de McCain. "Se uma pessoa é capturada, eu a considero uma heroína", ponderou.
Em 1967, o avião de McCain, então piloto de guerra, foi derrubado no Vietnã e ele foi capturado. Passou cinco anos e meio preso, dois dos quais numa solitária, e foi submetido a tortura.
A ira de Trump foi atiçada por comentário de McCain de que o pré-candidato havia "estimulado malucos" com seu discurso contra imigrantes latinos nos EUA, os quais associou a crimes como tráfico de drogas e estupro.