Estado Islâmico reivindica atentado de Manchester

Um homem-bomba detonou uma carga explosiva ao final de um show de Ariana Grande. Ataque deixou 22 mortos e 59 feridos
AFP
Publicado em 23/05/2017 às 8:54
Foto: Foto: Paul Ellis/AFP


O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta terça-feira (23) em um comunicado o atentado que deixou ao menos 22 mortos e 59 feridos na segunda-feira (22) à noite na saída de um show da cantora Ariana Grande em Manchester, oeste da Inglaterra. O autor do ataque, Salman Abedi, 22, teve a identidade confirmada pela polícia no início da tarde de hoje.

Um comunicado publicado pelo EI por meio de um de seus canais de comunicação nas redes sociais indica que "um dos soldados do califado colocou uma bomba no meio da multidão" durante o show. O grupo também ameaça cometer outros ataques.

O autor do atentado suicida pretendia provocar a maior carnificina possível com o ataque, que tem crianças e adolescente entre as vítimas, afirmou nesta terça-feira a primeira-ministra britânica Theresa May.

"Alguns pais carregavam as filhas nos braços com lágrimas", contou à AFP Sebastian Díaz, um jovem de 19 anos de Newcastle.

"Permaneceremos fortes, vamos continuar unidos, porque somos assim. Isto é o que fazemos, eles não vencerão", disse o prefeito de Manchester, Andy Burnham.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, anunciou o reforço da segurança nas ruas da capital da Inglaterra.

"Estou em contato constante com a Polícia Metropolitana, que está revisando o dispositivo de segurança em Londres. Os londrinos verão mais policiais em nossas ruas", disse Khan.

Ariana Grande tinha uma apresentação prevista para a Arena O2 de Londres na quinta-feira.

"Devastada. Do fundo do meu coração, sinto muito. Não tenho palavras", escreveu a cantora no Twitter.

Reações em todo o mundo 

O atentado provocou reações de condenação em todo o planeta.

O presidente americano Donald Trump condenou os "perdedores maléficos" por trás do atentado.

"Tantos jovens, belos, inocentes vivendo e apreciando suas vidas assassinados por perdedores maléficos", afirmou Trump durante uma visita ao Oriente Médio.

"Eu não vou chamá-los de monstros porque eles gostariam do termo. Eles pensariam que é um grande nome".

A chanceler alemã Angela Merkel expressou sua "tristeza e horror", enquanto o presidente russo Vladimir Putin declarou que está disposto a "desenvolver a cooperação antiterrorista" após o atentado "cínico e desumano".

O presidente da França, Emmanuel Macron, expressou "horror e consternação" com o atentado.

O atentado provocou a suspensão dos atos da campanha para as eleições de 8 de junho na Grã-Bretanha e aconteceu exatamente dois meses depois do ataque perto do Parlamento de Londres que deixou cinco mortos, quando um homem avançou com seu carro contra uma multidão e esfaqueou um policial.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou "medidas de segurança reforçadas em e nos arredores dos locais e eventos públicos".

O nível de ameaça de atentados no Reino Unido é "severo", o segundo mais elevado na escala do governo, e significa que é altamente provável que aconteçam atentados.

O nível mais elevado na escala é o "crítico", ativado em caso de ameaça iminente.

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